Desesperados, argentinos rechaçam politica econômica que Bolsonaro quer aprofundar no Brasil! Leia e compartilhe...

15/03/2019

"O custo dos alimentos assusta. Salvador Espinosa, 42, diz que nunca imaginou 'gastar 10 mil pesos [cerca de US$ 250] numa compra de supermercado familiar'. E o gás está sendo comprado a prestação" 

Internacional | O povo argentino — para usar um dito popular — está comendo o pão que o diabo amassou. Muita carestia, dólar nas alturas e piora grotesca no nível de vida da maioria do povo é o quadro no país vizinho. Situação caótica está retratada em matéria de hoje (15) da Folha de S.Paulo.

Caos é resultado da política neoliberal desastrosa aplicada pelo presidente Maurício Macri, a mesma que o governo Bolsonaro quer aprofundar no Brasil, com os ataques aos direitos trabalhistas, privatizações, cortes de gastos em saúde e educação e Reforma da Previdência.

Segundo a Folha, que aliás é fã do presidente argentino: 

"Crescem [na Argentina] os protestos e piquetes de trabalhadores e sindicatos, as queixas dos consumidores em supermercados e a indignação com o aumento das tarifas após a retirada gradual dos subsídios da era kirchnerista (2003-2015)."

"Nunca imaginei que pagaríamos a conta de gás, que até pouco tempo era de um valor ridículo, em parcelas. E isso que não chegou o inverno, quando precisamos de muito mais, por causa do aquecimento em casa", diz Maritza Ojeda, 54, comerciante do bairro de Almagro." Continua, após o anúncio.

"No ano passado, já deixamos de ter calefação na casa toda, mantenho apenas no quarto da minha mãe, que é idosa e está doente."

"O custo dos alimentos também assusta. Salvador Espinosa, 42, diz que nunca imaginou 'gastar 10 mil pesos [cerca de US$ 250] numa compra de supermercado familiar'.

"Parece que foi outro dia em que, para pagar uma corrida de táxi com uma nota de 100 pesos, o taxista se irritava se não tínhamos trocado. Era um valor muito alto. Hoje não há corrida na cidade que não custe no mínimo isso", diz [também] Espinosa." Continua, após o anúncio.

"A inflação, que fechou o ano passado em alta de 47,6%, tem sobre o cotidiano efeito parecido ao visto na Venezuela. É preciso carregar um montão bilhetes na carteira para fazer compras simples -até porque, muitos estabelecimentos, por causa da desvalorização do peso, não aceitam cartões de crédito, mas apenas débito ou pagamento à vista."

O Brasil vai no mesmo rumo. O desemprego continua alarmante e, com a reforma trabalhista, brasileiros que conseguirem alguma ocupação serão submetidos a salários irrisórios menores até que o mínimo do país. A miséria poderá correr solta nas ruas do Brasil.

Para completar o quadro de arrocho, caso a Reforma da Previdência passe, a maioria dos brasileiros comerá do mesmo pão dado aos argentinos. Só a derrubada de Bolsonaro e de sua política econômica pode livrar o Brasil de amanhã de se tornar a Argentina de hoje. 

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