Portaria Interministerial que define reajuste foi publicada no Diário Oficial da União. Medida é obrigatória para estados, DF e municípios e deve ser aplicada logo a partir de 1º de janeiro. Com nova correção, valor mínimo para jornada de até 40 horas semanais passa de R$ 3.845,63 para R$ 4.419,96.
Projeção de PIB maior para 2025 melhora perspectivas de correção do piso dos professores em 2026
>> "Índice de reajuste pode surpreender e ficar acima de 12%", afirma o pesquisador Júlio C Nogueira, em e-mail ao Dever de Classe
>> Nogueira é professor aposentado e especialista em finanças públicas
>> Categorias: Economia, Educação, Piso do Magistério
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>> Por Redação / Quanto mais o ano aproxima-se de seu final, mais recebemos questionamentos e e-mails sobre perspectivas para o reajuste do magistério em 2026. Para esta quarta-feira, selecionamos as ponderações do professor paulista aposentado Pedro C Nogueira.
Parece-nos razoáveis, embora estejam também apenas no campo das especulações, como tudo o que se tem publicado por aí a respeito, inclusive pela CNTE, autoridade maior no assunto.
Nogueira é especialista em finanças públicas, relata em seu e-mail.
Reajuste acima de 12% em 2026?
Essa é a perspectiva muito otimista do nosso professor. Ele explica com argumentos bem convincentes, em nossa opinião.
Confira mais abaixo
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Síntese do que diz o professor e especialista em finanças públicas
A mídia nacional tem destacado nos últimos dias que há projeção de PIB maior para o Brasil em 2025. Matéria do Estadão do último dia 8 deste mês destaca na manchete:
"Mercado projeta PIB maior para 2025 e volta a reduzir previsão para a inflação"
Jornal esclarece: "A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 aumentou de 2,16% para 2,25%. Um mês antes, era de 2,16%. Considerando apenas as 76 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa subiu de 2,14% para 2,25%."
O que isto significa na prática em relação ao reajuste do magistério para 2026? Significa que o principal argumento para rebaixamento do piso em 2026 foi por água abaixo. O que disse a própria CNTE em setembro sobre previsão ruim de reajuste? Diz que: "projeção [de reajuste] para até o fim do ano não é animadora tendo em vista a recente revisão do PIB nacional [para baixo] em função do tarifaço norte-americano..."
Ora, Se a projeção do PIB melhorou, argumento para reajuste ruim não existe mais. Ou existe?
Por outro lado, mesmo com a revisão do PIB feita para baixo após tarifaço, dados concretos têm sido mostrados pelo próprio governo federal que a economia do país não se abateu por conta do tarifaço, este praticamente já todo debelado. De modo que:
- arrecadação de impostos manteve-se em alta;
- balança comercial não caiu e
- recursos do Fundeb continuaram a crescer, como mostram demonstrativos do Banco do Brasil divulgados no próprio site Dever de Classe.
- PIB maior;
- arrecadação de impostos em alta;
- inflação baixa;
- Fundeb alto, não há como o reajuste de 2026 dos professores ficar abaixo de 12%.
- Arrisco-me a dizer que ficará entre 12% e 15%, como projetou o próprio professor Ramalho, mesmo antes de a projeção do PIB ter voltado a melhorar.
A opinião do Dever de Classe
Respeitamos as ponderações do professor Pedro Nogueira, por isso mesmo as publicamos na íntegra. Parece-nos razoáveis, como já enfatizamos. Mas é preciso cautela em relação a esse assunto, embora não acreditemos que existam justificativas para reajuste abaixo ou no mesmo patamar deste ano, apenas 6,77%. Cremos que será mais. Vamos aguardar.
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Interpretação do Supremo fere a política de correção anual do piso, ao confundir salário-base com remuneração.
Penalidade está prevista a partir do que reza o artigo 85 da Constituição Federal de 1988.
Especialista diz que prefeitos e governadores farão toda a pressão que for possível este ano para aprovar o PL 3.776/08, que vincula a correção do piso à variação do INPC/IBGE. Com isso, correções anuais são reduzidas e ganho real deixará de existir. A luta pelos 33,23% deve se intensificar.
Estados e municípios que comprovarem insuficiência de recursos para pagar os 33,23% podem e devem recorrer ao governo federal.
Jurista diz que se não houver uma solução uniforme e urgente sobre Nota do MEC, piso não terá correção em 2022. Editor do Dever de Classe comenta opinião.
Como é feito o cálculo? Quem tem direito? Qual a carga horária? É obrigatório para os governos? Trata da jornada extraclasse? Corre o risco de acabar?
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