Projeto abre também brechas para ações persecutórias dentro das escolas. Mas há 'pontos positivos', diz especialista.
Basta um aluno ter a Covid-19 e a vida dos professores estará em risco, sugere um dos maiores cientistas do País
O pesquisador adverte que enquanto o coronavírus circula sem controle em uma comunidade, não tem medida de distanciamento que uma escola adote que impeça alunos de entrarem com o vírus.
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Saúde | Em artigo intitulado "100 mil mortes, e abrimos escolas", publicado ontem (9) na Folha de S.Paulo, o biólogo Atila Iamarino faz importante alerta sobre a reabertura dos estabelecimentos de ensino antes que a pandemia de coronavírus esteja sob controle. Ele lembra que professores convivem com dezenas ou centenas de alunos e que basta um ter o vírus para que a vida dos educadores fique em risco.
Iamarino — que é doutor em ciências pela USP e autor de pesquisa na universidade de Yale (EUA) — adverte também que enquanto a Covid-19 circula sem controle em uma comunidade, não tem medida de distanciamento que uma escola adote que impeça alunos de entrarem com o vírus. Continua, após o anúncio.
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O que disse o cientista em artigo na Folha:
"A polêmica da voltas às aulas reflete bem a preocupação mal direcionada. Socialização é fundamental para as crianças, e as perdas por ficarem em casa vão marcar uma geração."
"Mas, para escolas serem seguras, o surto de Covid na região precisa ser contido.
"Vários países europeus retomaram aulas sem muitos percalços porque controlaram a pandemia e têm escolas pequenas, poucos alunos por sala." Continua, após o anúncio.
"Onde as turmas são maiores e o surto segue descontrolado, como Israel e os EUA, uma escola tem surto de Covid poucos dias depois de abrir. Isso porque testam mais e têm como perceber os casos."
"Enquanto o coronavírus circula sem controle em uma comunidade, não tem medida de distanciamento que uma escola adote que impeça alunos de entrarem com o vírus. E, se crianças e adolescentes não fazem parte do grupo de risco, profissionais que os atendem fazem. Professores convivem com dezenas ou centenas de alunos. Basta um ter o vírus."
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