São sete projetos ao todo em tramitação, um no Senado e seis na Câmara; apenas um não prevê isenção de 100%; um outro, do deputado Nikolas Ferreira, reza que dispensa do tributo será apenas para quem for aprovado numa Prova de Certificação Nacional, o "Enem" dos professores
Professores estão entre os profissionais mais vulneráveis à Covid-19, diz médico
Grande parte dos docentes tem inúmeras doenças oriundas do exercício da sala de aula, que por si só já é um espaço propício à propagação do coronavírus
Atualizado em 06/07/2020, 08:11
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Educação | Os professores estão entre os profissionais mais vulneráveis ao coronavírus. Quem nos diz isso é o médico Adalton N B Silva, consultado pelo Dever de Classe. O especialista afirma que pelo menos três fatores pesam contra os educadores nessa guerra contra a pandemia. Após o anúncio, ele nos traz importantes esclarecimentos sobre o assunto.
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Dr, por que os professores estão entre os mais vulneráveis ao coronavírus?
Contra os mestres pesam basicamente dois fatores, aliás, três, no caso de alguns. O primeiro é que muitos adquirem ou agravam várias doenças no exercício da profissão, como problemas na garganta, doenças respiratórias, hipertensão, diabetes, dores nas costas, esgotamento físico e mental, depressão etc. Isto baixa a imunidade dos mesmos e os torna, naturalmente, muito mais frágeis nessa guerra contra a pandemia. Continua, após o anúncio.
E o segundo e terceiro fatores?
A escolas são espaços naturais de aglomeração, e as salas de aula mais ainda. Já imaginou uma professora ou professor numa sala com 20, 30, 40 ou mais alunos? Um perigo! Se não estiverem todos muito bem protegidos, o risco de contaminação é enorme.
Um terceiro fator também importantíssimo é que muitos professores têm mais de 50 anos e já estão debilitados por causa de outras doenças. Idade e doenças preexistentes compõem um coquetel que pode ser mortal para eles, caso se contaminem com coronavírus.
O senhor acha correto retornar às aulas agora, como prega por exemplo o presidente Bolsonaro? (Ver resposta após o anúncio).
Acho muito arriscado. Eu não aconselharia, sobretudo porque se sabe que ainda não há vacina ou qualquer medicamento eficaz no combate à doença. Por outro lado, nossas autoridades não têm condições ou não querem adaptar as escolas para esse retorno de forma segura. É melhor todo mundo continuar em casa por enquanto.
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