Lei 13.415/17 | Pacotes de Educação à Distância poderão substituir professores! Leia e compartilhe...
Novo Ensino Médio é reducionista, excludente e muito prejudicial a alunos e professores, por isso lei que o criou deve ser revogada, diz um dos maiores especialistas em educação do País
Educação | O sociólogo Cesar Callegari — membro do Conselho Nacional de Educação — publicou artigo na Folha de São Paulo no dia 03 deste mês onde defende que a nova lei do Ensino Médio (13.415/2017) seja revogada. Legislação foi imposta por Michel Temer (PMDB) e seu ex-ministro Mendonça Filho (DEM), sem qualquer discussão com a sociedade.
Para propor que a lei 13.415/2017 seja revogada, Callegari — um dos maiores especialistas em educação do País — elencou uma série de malefícios que tal reforma pode trazer para educadores e alunos, como por exemplo o fato de professores poderem ser substituídos por pacotes de Educação à Distância (EAD).
Abaixo, destacamos os 9 principais argumentos utilizados pelo educador:
1. Reduz a obrigatoriedade no Ensino Médio a apenas duas disciplinas: Português e Matemática, que consumirão 60% da carga horária total.
2. Destina somente 40% para as outras matérias, que serão diluídas em áreas do conhecimento.
3. Não especifica que conteúdos serão abordados ou excluídos das matérias como História, Geografia, Biologia, Química, Física, Filosofia, Sociologia etc. Mas o certo é que muito pouco ou quase nada dessas disciplinas serão repassados aos alunos, vez que a carga horária estabelecida é muito pequena.
4. Pacotes de Educação à Distância (EAD) poderão substituir professores, dispensar laboratórios e bibliotecas e desintegrar o território escolar de encontros, afetos e descobertas.
5. Agrava as desigualdades educacionais, sobretudo entre as escolas públicas e as privadas de ponta.
6. Dificulta uma visão interdisciplinar e contextualizada do mundo, e pode levar também à formação de pessoas pouco qualificadas para uma cidadania contemporânea, condenadas a trabalhos simples, entediantes e mal remunerados.
7. É excludente e reducionista.
8. Ao contrário do que Michel Temer e seus marqueteiros pregam, a reforma não tem aprovação da maioria dos jovens, que sequer a conhecem, vez que ainda não chegou às escolas.
9. Não foi discutida com a sociedade.
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