Uma das absurdas ideias seria reduzir de 70% para 60% o percentual do fundo para pagar profissionais da Educação, e incluir nesse índice rebaixado mais gente para comer do bolo. Seria o fim dos reajustes anuais do piso nacional da categoria.
Fevereiro é decisivo para o reajuste do magistério
Categoria não pode permitir que prefeitos e governadores — na lábia — empurrem correção para frente, pois isto torna o cumprimento dos 14,95% mais complicado, sobretudo quanto à retroatividade a 1º de janeiro.
![Tempo (no capitalismo) é dinheiro, como reza um velho e sábio dito popular. Imagem: Canva.](https://91a0d2558c.clvaw-cdnwnd.com/3c79772e6195bc5898e1615482d50f61/200002647-08c6608c6b/reajuste%20dos%20professores%20para%20o%20ano%20de%202023-min.jpg?ph=91a0d2558c)
Editor | O reajuste de 14,95% do magistério para 2023 foi definido no final de dezembro do ano passado, e ratificado pelo Ministro da Educação Camilo Santana (PT) em janeiro último. Não há mais o que se discutir quanto a isso. Muitos prefeitos inclusive já começaram a cumprir. Alguns governadores acenam "positivamente" também. Ponto.
A maioria dos gestores, contudo, não dá sinais de que fará a correção como manda a lei. Uns alegam — descaradamente — falta de recursos, algo que não têm como provar. Outros se apegam às baboseiras, terrorismo e fake news da CNM — para tentar justificar o calote.
Desculpas daqui e dali à parte, o fato é que o tempo está passando. Reajuste que — por lei — deve ser em primeiro de janeiro continua incerto para a maioria dos educadores brasileiros contemplados na lei do piso.
Em nossa opinião, categoria não pode permitir que indefinição passe deste mês de fevereiro, por três motivos.
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Reajuste não pode passar de fevereiro porque, em primeiro lugar, era para ter sido implantado logo no mês passado, como reza o Art. 5º da Lei Federal nº 11.738/2008. Ou seja, já está atrasado onde não foi cumprido. Quanto a isso, destaque-se que os recursos para garantir tal implantação estão sendo religiosamente depositado nos cofres de estados, DF e municípios, conforme se pode conferir aqui e aqui.
A segunda razão é que, quanto mais prefeitos e governadores — na lábia — empurram a correção para frente, mais complicado se torna o cumprimento de tal reajuste, sobretudo quanto à retroatividade a 1º de janeiro. É como alguém que não paga uma conta que está menor e depois não pode mesmo mais pagar porque a dívida cresceu demais...
O outro fato relevante também é que, à medida que o tempo passa e a correção não ocorre, naturalmente a categoria passa a naturalizar o não cumprimento, seja por pessimismo, ceticismo ou desânimo. E aí a coisa tende a ser deixada de lado, inclusive até mesmo pelos sindicatos. É mais ou menos parecido com um bingo em que se passa batido.
Por isso, fevereiro é decisivo para o reajuste do magistério. Para a categoria, não é bom deixar essa conta ir para frente.
E o quê fazer? A saída — em nossa opinião — é lutar. Sobre isso, o magistério de Fortaleza nos dá um belo e bom exemplo.
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