Comunidade universitária diz não ao PL 672/24, pois é absurdo e revela apenas cada vez mais o caráter privatizante de um partido anacrônico e elitista
PL que garante mínimo de 60% do Fundef aos professores será votado na Câmara, diz Arthur Lira
Projeto não resolve problema do calote, mas é importante para sustar Acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU), que decidiu de forma absurda proibir estados e municípios de usar precatórios do antigo fundo para indenizar docentes. Alguns entes já receberam o dinheiro, mas ainda não puderam pagar os educadores por conta dessa decisão.
Educação | No bojo das negociaçõe$ para aprovar a Pec 23/2021, mais conhecida como Pec do Calote, o presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL) prometeu, segundo a Agência Câmara de Notícias (4), colocar para votação no Plenário da casa o Projeto de Lei nº 10880/18, de autoria do deputado JHC (PSB-AL). Referido PL, já aprovado na Comissão de Educação (CE), assegura que, no mínimo, 60% dos recursos do Fundeb sejam utilizados para indenizar professores.
Muito importante
Embora não resolva o problema do calote, projeto é importante para sustar Acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU), que decidiu de forma absurda proibir estados e municípios de usar precatórios do antigo fundo para indenizar docentes. Alguns entes já receberam o dinheiro, mas ainda não puderam pagar os educadores por conta dessa decisão. Com aprovação desse PL, problema deve acabar. Entenda melhor, após o anúncio.
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Entenda a questão, através de perguntas e respostas mais frequentes
Por que a aprovação do PL que Arthur Lira promete colocar para votação é importante para os professores?
É muito importante porque esse projeto garante que, no mínimo, 60% dos precatórios dos Fundef sejam repassados diretamente para a conta dos professores, sem rodeios. PL susta Acórdão do Tribunal de Contas da União (TCU) que prejudica o magistério e dá orientação contrária a isso.
O que diz o TCU?
Em decisão publicada no dia 5 de maio deste ano, através do Acórdão 1.039/2021, Plenário do órgão determinou que Municípios e Estados não utilizem os recursos de precatórios do extinto Fundef para: (Ver após anúncio).
- pagamentos de rateios;
- abonos indenizatórios;
- passivos trabalhistas/previdenciários; e
- remunerações ordinárias dos profissionais do magistério.
- A decisão fica em vigor até que a Corte de Contas decida sobre o mérito dessa questão.
A aprovação do PL que Arthur Lira promete colocar em votação acaba tal empecilho.
De que adianta aprovar tal PL, se a Pec do Calote for aprovada em definitivo?
Alguns estados, como o Piauí, por exemplo, já receberam esses precatórios do Fundef, bem como também alguns municípios. Caso PL seja aprovado, educadores dos lugares onde o dinheiro já está nas contas dos governos deverão receber imediatamente os 60% devidos. Há também os casos de Bahia, Pernambuco, Ceará e Amazonas. Esses estados têm direito de receber a verba em 2022. Com o acordão feito com Arthur Lira, recursos serão divididos em três anos:
- 40% em 2022;
- 30% em 2023; e
- 30% em 2024.
Se o acordo for cumprido, professores desses estados também receberão de imediato mínimo de 60% do que for depositado nas contas dos governos.
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