Piso do(a) professor(a) não quebra estados e municípios

25/11/2021
Isenção fiscal a grandes empresas está entre as causas maiores de déficit nos caixas públicos. Imagem: aplicativo Canva.
Isenção fiscal a grandes empresas está entre as causas maiores de déficit nos caixas públicos. Imagem: aplicativo Canva.

Landim Neto, editor do site 

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Educação | É falsa a ideia de que o "Piso Nacional do Magistério quebra estados e municípios", como prefeitos e governadores costumam alardear, sobretudo quando se aproxima o mês de janeiro, período em que têm de reajustar esse direito dos professores e do pessoal de apoio à docência.

É fácil provar. Aqui mesmo no Dever de Classe há comparativo entre o salário do professor da Educação Básica Pública e os ganhos de outras categorias de mesma formação acadêmica. Os números sempre apontam um alto desnível, o que contraria a tese falaciosa dos gestores. Confira alguns pequenos exemplos, após o anúncio.

Em R$:

  • Piso Nacional do Magistério, valor atual: 2.886,24;
  • Mesmo piso, já com 31,3% de reajuste previsto para 2022: 3.789,63;
  • *Média nacional do docente em fim de carreira e com curso superior completo: *4.600,00,
  • **Inicial de Analista Judiciário em TRE (Nível Superior): 10.461,90;
  • ***Inicial de Técnico Judiciário em TRE (Nível Médio):  6.376,41.

Mesmo dentro do Executivo de estados e municípios, no geral professores ganham bem menos que outros servidores de mesma escolaridade.

Na verdade, as razões de eventuais baixas nos caixas de estados e municípios são outras. A principal é a política de dispensa de tributos que prefeitos e governadores costumam conceder a grandes grupos econômicos, através de isenções, renúncias, perdões e outras artimanhas fiscais. Isto, todo mês e dependendo do porte econômico da localidade, faz com que milhões e até bilhões de reais deixem de entrar nos cofres públicos. Continua, após o anúncio.

Outro fator de sangria de receitas é a gastança desenfreada com regalias de prefeitos e seus assessores. Em todo o Brasil é ainda muito comum gestor entrar com um patrimônio e sair com outro de volume bem maior, sem que consiga demonstrar ao certo como foi adquirido.

E há também a questão do mau gerenciamento, o que leva muitas vezes a gastos que poderiam ser evitados com compras desnecessárias de equipamento e reparo de órgãos.

São estes os problemas dos cofres públicos de estados e municípios. E não o piso do(a) professor(a).

*A partir de dados da mídia e sites de sindicatos de trabalhadores em Educação

**PCI Concursos

***PCI Concursos



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