Em muitas localidades, inclusive, o percentual é arredondado para 15% e até 16%.
A mais recente fala do ministro sobre reajuste do magistério para 2026
>> Camilo Santana não declarou que índice será apenas o da inflação, pois isso só se saberá quando sair o custo aluno deste ano, que poderá indicar percentual acima do índice inflacionário
>> Segundo boletins oficiais, ano deve fechar com inflação entre 3% e 4%, e há estimativa de reajuste do piso de até 15%
>> Categorias: Economia, Educação, Piso do Magistério
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>> Por Redação / Em virtude de recente fala do ministro Camilo Santana no estado da Paraíba sobre reajuste do magistério para 2026, fazemos as seguintes ponderações, a partir de muitos questionamentos que recebemos dos nossos leitores:
1. O que disse o ministro
"Temos que garantir, primeiro, o pagamento do piso e aguardar como vai ser o percentual de correção, que vai ser definido em dezembro, para que a gente possa saber qual será a decisão que vamos tomar em relação a isso. Os professores não podem ter menos do que a inflação, e é importante dar sustentabilidade e previsibilidade aos Estados e aos municípios", disse Camilo Santana." (Jornal da Paraíba, 15/12/2025). Grifos nossos.
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2. O que há de mais relevante na fala do ministro
a) "aguardar como vai ser o percentual de correção, que vai ser definido em dezembro, para que a gente possa saber qual será a decisão que vamos tomar em relação a isso."
O ministro se refere nesse trecho à Portaria Interministerial MEC/FAZENDA que sairá até o dia 31 de dezembro com o valor do VAAF FUNDEB 2025. É esse documento que definirá quanto de fato será o reajuste, a partir da fórmula de cálculo do piso aplicada desde 2010:
- VAAF FUNDEB 2024
- VAAF FUNDEB 2025
- O valor do reajuste do magistério em 2026 será o crescimento do VAAF FUNDEB 2025 em relação ao VAAF FUNDEB 2024. A título de exemplo:
- O VAAF FUNDEB 2024 foi R$ 5.648,91 (Portaria Interministerial MEC/Fazenda nº 13/2024)
- Se o VAAF FUNDEB 2025 for R$ 6.270,29, haverá então crescimento de 11%. Esse índice de 11% é que seria o reajuste de 2026.
b) "Os professores não podem ter menos do que a inflação."
O que o ministro Camilo Santana garante de forma clara nesse segundo trecho é que o reajuste será, no mínimo, o índice oficial da inflação, algo em torno de 4%, segundo estimativas do próprio Governo Federal e mercado financeiro.
E por que ele diz isso? Porque assim como há estimativa de reajuste de 15%, 11%, há também quem fale em zero, tal como ocorreu em 2021. A fala do ministro é para assegurar que o caso de 2021 não se repetirá, o que é algo positivo.
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Na aplicação linear de 14,95% para todos — como deve ser —, há uma valorização na carreira e o total é maior. No escalonamento, tudo fica achatado.
O percentual de 14,95% deve ser aplicado no salário-base de todos, de forma a repercutir na carreira. Escalonado, nivela por baixo, desestimula a formação e anula as progressões por tempo de serviço. Especialista explica melhor a questão.
A ideia é fazer um dia nacional de mobilização em frente aos tribunais em todo o Brasil, para inibir ações como a que ocorreu em uma cidade de Santa Catarina, onde uma juíza, a pedido do prefeito, suspendeu no município a portaria do MEC que ratificou a correção salarial deste ano.
Na absoluta maioria delas, percentual aplicado foi igual ou superior a 14,95%, correção calculada com base no crescimento do custo aluno dos dois anos anteriores, conforme reza a Lei Federal nº 11.738/08.
Como o próprio Portal Unificado da Justiça Federal da 4ª Região destaca, liminar — que suspende o reajuste de 14,95% — é apenas para um município de Santa Catarina, e deve ser derrubada por órgãos como a CNTE, para desencorajar outros gestores que queiram entrar com a mesma ação.
Luta da categoria é para manter correção tal como está na lei do piso, o que traz ganho real todo ano. CNM e gestores lutam para emplacar atualização apenas pela inflação do ano anterior, que é danoso ao magistério, conforme esclarece tabela apresentada nesta matéria.
Gerônimo Rodrigues (PT) disse que sua equipe estava aguardando a definição do governo federal em relação ao percentual do reajuste e agora está se debruçando sobre os impactos no orçamento estadual.
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