Piauí pode entrar em greve pelo reajuste do magistério

19/01/2023

Paralisação vem sendo defendida desde o fim do ano passado por alguns professores. Sinte-Pi, contudo, é que decidirá o melhor rumo a seguir. Luta é por 14,95% de forma linear para todos, algo que o governador Rafael Fonteles não garantiu até agora.


Educação | O governo do Piauí pode ser um dos primeiros a enfrentar uma greve geral pelo reajuste do magistério em 2023. Paralisação vem sendo defendida desde o fim do ano passado por alguns professores. Sinte-Pi, contudo, é que decidirá o melhor rumo a seguir. 

Governador não fala em reajuste linear de 14,95%

Governador do Piauí Rafael Fonteles (PT). Foto/reprodução.
Governador do Piauí Rafael Fonteles (PT). Foto/reprodução.

Em entrevista à TV Cidade Verde — concedida em Brasília (ver ao final da matéria) —, o governador Rafael Fonteles (PT) disse que nenhum professor 40 horas semanais — ativo ou aposentado — receberá menos do valor mínimo para 2023, R$ 4.420,55. E informou também que o abono anual que os profissionais da educação receberam em 2022 passará a ser mensal. Fonteles, no entanto, não toca no percentual linear de 14,95%, que é a reivindicação em todo o Brasil. Algumas prefeituras inclusive já concederam tal índice de correção.

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Greve

Profª Ana Brito. Foto: arquivos Dever de Classe.
Profª Ana Brito. Foto: arquivos Dever de Classe.

Para a professora Ana Brito, "é inaceitável que o governador Rafael Fonteles não cumpra o reajuste linear de 14,95%. "Estamos há muito tempo sem aumento. Em 2019, 2020 e 2021 não teve nada de reajuste linear. Em 2022 foram apenas 10% e incorporação de um abono de 4,17%, referente a 2019, quando nosso reajuste ano passado era de 33,24%. Em 2023 não pode ser a mesma coisa. O governo deve aplicar os 14,95% de forma linear para todos, o que repercute para aposentados e pensionistas, ou a categoria pode entrar em greve", diz.

O professor Maércio Maia — editor do Dever de Classe — tem o mesmo entendimento e afirma: "Em 2023 haverá um aporte maior de recursos por parte da União, pois complementação sobe de 15% para 17%. Ora, em vez de abono mensal, governo deve pagar o reajuste linear de 14,95%, para evitar uma nova greve geral no Estado".

Para a professora Albetiza Moreira, não há o que discutir: "O povo não elegeu o governo do PT para ficar recebendo calote. Ou paga os 14,95% para todos ou a saída será a greve geral", afirma.

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O professor Landim Neto, que também edita o Dever de Classe, pondera que o reajuste linear de 14,95% é necessário e possível porque a própria lei do piso — em pleno vigor — diz que estados e municípios que, comprovadamente, não puderem pagar, podem solicitar complemento da União. "O mais sensato é cumprir o reajuste de forma linear e evitar a greve", opina.

O Sinte-Pi deve chamar uma assembleia geral nos próximos dias para discutir a questão. É o que a categoria espera.

A fala do governador

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