Projeto abre também brechas para ações persecutórias dentro das escolas. Mas há 'pontos positivos', diz especialista.
Greve Nacional pelo piso do magistério deve atrasar início do ano letivo em 2022
Docentes lembram que em 2021 não teve aumento e que é preciso Greve Geral em todo o Brasil para garantir o reajuste de 31,3% previsto para o próximo ano.

Educação | O ano letivo de 2022 pode não iniciar, seja na forma híbrida, remota ou presencial. Professores de todo o país estão dispostos a lutar pelo reajuste previsto para o magistério no próximo ano, cujo percentual de correção é 31,3%. Estados e municípios, por sua vez, já iniciaram a costumeira e falaciosa ladainha de que não podem pagar.
As docentes Ana Brito e Albetisa Moreira, durante recente manifestação pelo Fora Bolsonaro em Teresina (PI), falaram ao Dever de Classe e apresentaram argumentos seguros sobre a necessidade de não iniciar o ano letivo de 2022.
No entendimento correto da dupla de educadoras, a GREVE GERAL em todo o Brasil é o método mais eficaz para convencer prefeitos e governadores a cumprir o que diz Lei do Piso Nacional do Magistério. Após o anúncio, elas falam mais sobre o assunto.
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Parar geral

Professora Ana, o que deve ser feito a partir de agora para garantir os 31,3% previstos para o magistério em 2022?
Nós temos que começar a nos mobilizar, nós temos que chamar as direções dos sindicatos, do Sinte... Nós temos de ir pras ruas. Nós temos que inclusive não começar o período letivo de 2022.
Parar geral?
Sim. Nem aulas presenciais ou remotas. É preciso chamar todas as direções de sindicatos para reagir e exigir o piso de 2022, porque nós no Piauí, por exemplo, estamos no mínimo há três anos sem reajuste, inclusive este ano não teve nada. E ainda por cima, os aposentados e aposentadas estão descontando para a previdência. Então, é um salário de fome. É preciso lembrar também que a campanha de vacinação ainda não atingiu todo mundo. Milhares de alunos ainda não foram vacinados. Vamos chamar as entidades, as centrais e a categoria para não iniciar o ano letivo em todo o Brasil e conquistar os 31,3% de correção.
Professora Albetisa, você concorda com a proposta de não iniciar o ano letivo? (Ver resposta após o anúncio).

Concordo totalmente. A primeira coisa que temos de lembrar é que este ano ficamos sem reajuste, graças a um golpe do presidente Bolsonaro, que na calada da noite fez uma manobra e zerou o aumento do magistério já calculado em cerca de 6%.
O que fazer de imediato?
A primeira coisa que tem de fazer é os trabalhadores da educação irem para as ruas, convocados por suas organizações sindicais para derrubar o governo Bolsonaro, porque fica muito difícil avançar em qualquer política social com esse governo.
E especificamente quanto ao piso da categoria?
É preciso sair do imobilismo, reabrir os sindicatos e preparar uma luta nacional com todos os educadores para evitar que o golpe no reajuste seja dado novamente. A única forma de garantir direitos é a mobilização. Vamos organizar uma greve nacional pelo piso dos professores.
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