Projetos sobre o tema tramitam na Câmara e Senado, com chances de aprovação ainda neste ano
Governo propõe entregar R$ 6 bilhões do Fundeb para os tubarões do setor privado de ensino
COMPARTILHE!
Ideia é obrigar pais e mães a pegar R$ 250 do fundo para pagar creches particulares.
Publicidade

Educação | O governo Bolsonaro quer entregar por ano R$ 6 bilhões do Fundeb para os tubarões do setor privado de ensino. Manobra é para se dar através do Renda Brasil, programa que deve substituir o Bolsa Família. Ideia é dar R$ 250 do Fundeb a beneficiários desse novo programa social e obrigá-los a colocar os filhos em creches particulares. Seria um voucher-creche. Informe sobre tal projeto está em matéria de hoje (20) da Folha de S.Paulo.
Diz a Folha:
"Pelo plano do Ministério da Economia, um auxílio de R$ 250 seria pago como adicional a beneficiários do novo Bolsa Família, batizado de Renda Brasil."
"De acordo com o governo, esse recurso não seria livremente usado no pagamento de benefícios assistenciais. Haveria uma espécie de carimbo para que a verba seja direcionada especificamente para o pagamento do voucher-creche. Com esse recurso em mãos, o beneficiário poderia procurar uma creche particular para matricular o filho." Continua, após o anúncio.
Favorecer mercadores da educação
O que Bolsonaro e seu ministro Paulo Guedes querem é fazer cortesia com o chapéu alheio. Em vez de buscarem novos recursos através da cobrança de impostos a bancos e grandes empresários, querem que o dinheiro de manter as escolas públicas e pagar os docentes favoreçam mercadores da educação. Um absurdo.
Medida deve ser votada esta semana na Câmara.
COMPARTILHE!
Faça uma pequena doação de qualquer valor, para ajudar a cobrir os custos de manutenção do site. Caso não possa ou não queira colaborar, continue a nos acessar do mesmo jeito enquanto estivermos ativos. Gratos.
Curta nossa página e receba atualizações sobre este e outros temas!
Anúncio
Mais recentes...
Medida facilita e amplia a eficiência na gestão dos recursos dos estabelecimentos públicos de ensino
No mínimo, 1/3 da jornada do(a) professor(a) deve ser para atividades fora da sala de aula
Quem garante é a Lei 11.738/2008, a mesma que reajusta o piso do magistério todos os anos; STF ratificou tal decisão e, desde 2020, é obrigatória para prefeitos e governadores
Pelo menos duas medidas avançam a esse respeito; se aprovadas, docentes ficam livres do tributo, seja na fonte ou na declaração anual
Há muitas variações de um ano para o outro que podem trazer perdas ao magistério; já existe PL que aprimora a legislação
Projeto tramita no Senado e, se estivesse em vigor, piso deste ano seria quase R$ 5 mil, contra os R$ R$ 4.867,77 oficializados recentemente pelo MEC; além disso, iniciativa traz dois outros importantes benefícios em relação à lei que atualiza todo ano os salários do magistério