Banqueiro bate de novo duríssimo na estabilidade dos servidores públicos

17/11/2024

Grupo Folha, que envolve o PagBank, lançou neste domingo (17) mais três matérias onde sugere demissão e/ou corte salarial para 90% do funcionalismo

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Editorial deste domingo (17) da Folha de S.Paulo ataca mais uma vez, de forma duríssima, a estabilidade dos servidores públicos no Brasil. Título e subtítulo:

"Estabilidade no Brasil é anomalia global"

"Garantia, que trava a gestão, vale para 65% dos servidores e deveria ser limitada a pouco mais de 10% em funções de Estado" (Grifos nossos)


Demissão em massa


Na prática, o que o jornalão paulista e seu dono banqueiro defendem é a possibilidade de corte salarial e/ou demissão em massa de servidores da União, estados, DF e municípios. Leia-se: 

  • professores e técnicos da Educação; 
  • pessoal da saúde; e
  • administrativos em geral 

Tais servidores não são considerados "funcionários em função de Estado". 

Em trechos mais abaixo do referido editorial, isto pode ser conferido de forma muito direta e clara. Lembrando aqui que o editorial de um veículo de comunicação expõe o que o dono do órgão pensa sobre qualquer assunto em debate.

Continua, após a sugestão de matérias

Trechos do editorial

Demissão e corte de salários

Na pandemia, quando empresas privadas se viram obrigadas a demitir e cortar salários autorizadas por medida provisória, os funcionários estáveis seguiram incólumes e sem cortes nos vencimentos. (Grifos nossos).

Neste trecho, o editorial defende abertamente a demissão e/ou corte salarial de servidores públicos, algo que só não ocorreu na pandemia, por exemplo, por causa da estabilidade do funcionalismo, mecanismo que o dono da Folha de S.Paulo quer obrigar o presidente Lula a extinguir.

Elite

Países como Reino Unido, Espanha e Alemanha têm bem menos trabalhadores nessa condição [com estabilidade]. Na maioria dos casos, a prerrogativa, quando existe, é restrita às carreiras de Estado —sem equivalentes no setor privado, como policiais, juízes e auditores fiscais. (Grifos nossos)

Sem meias palavras, o que o editorial defende é que a estabilidade deve ser apenas para pouquíssimos e elitizados seguimentos do setor público, como os citados: policiais [federais], juízes e auditores fiscais.

Alvos

No Brasil, três quartos dos servidores atuam em funções amplamente encontradas no mercado, como pessoal administrativo, professores e médicos.

Neste trecho, o editorial tenta empurrar a tese absurda — que servidores públicos devem ser regidos também pelas regras do mercado, e cita seus alvos: pessoal administrativo, professores e médicos [e enfermeiros].

Uma vergonha! Categorias, CNTE, CUT, sindicatos de trabalhadores e partidos de esquerda devem ficar bem atentos quanto a essa questão.

Leia o editorial AQUI

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