Folha ataca estabilidade do funcionalismo, sobretudo a dos professores

12/11/2024

Matéria se refere a direito como "ponto fora da curva" e "deformação na máquina pública", e sugere que professor(a) não deve ter, por não ser carreira típica do Estado; jornalão ataca também enfermeiros e pessoal administrativo

Compartilhe!

PROCURAR

Apoie o Dever de Classe ou a página será desativada! Não temos patrocinadores e estamos com dificuldades para atualizar o site regularmente! Tudo aqui é pago: hospedagem, template e domínio. Além disso, há também custos com edição, internet, aplicativos de imagens e assinatura de outros portais, inclusive estrangeiros, onde buscamos informações para melhor lhe apresentar nossas publicações. Colabore, por favor!

Pix CEF (Recomendado, vem integral):

pix@deverdeclasse.org

João R P Landim Nt

Pix Vakinha:

3435969@vakinha.com.br

João Rosa Paes Landim Neto

Ou doe com cartão de crédito, débito e pix em:


Cresce o cerco contra o funcionalismo público no Brasil, em particular no que concerne à estabilidade dos servidores que não estão nas chamadas "carreiras típicas do Estado", como professores, enfermeiros e pessoal administrativo. Apenas o jornalão Folha de S.Paulo, da família Frias, lançou nesta terça-feira (12) cinco matérias de capa para tentar demonstrar que, na prática, o setor é inchado, privilegiado, ineficiente e cheio de privilégios. Não à toa, título da matéria principal desse pool de manipulações e mentiras é:

"Funcionalismo municipal dispara, e áreas essenciais da União repõem pessoal sem realizar reforma" [Administrativa]

Continua, após a sugestão de matérias

Alguns dos trechos das matérias contra o funcionalismo:

Agora, a União promove uma série de contratações para reposição. Mas sem mudanças estruturais que mantêm, para alguns especialistas, distorções [deformações] na máquina pública, como a estabilidade no cargo que atinge cerca de 70% dos servidores federais chamados estatutários. (Grifos nossos).

Para os "especialistas" consultados pela Folha, a garantia de trabalho com independência em relação a políticos, a estabilidade, é uma "deformação do serviço público".

Estabilidade de servidores no Brasil chega a 65% do total; na Suécia, a 1%

Regras brasileiras são ponto fora da curva; cargos de Estado somariam pouco mais de 10%" (Grifos nossos).

A mensagem sub-reptícia aí sugere que, para se tornar um país "moderno" e "dentro da curva" como a Suécia, o Brasil deve tesourar pelo menos 64% dos que têm estabilidade no país.

No Brasil, a estabilidade protege desde juízes e policiais federais (carreiras consideradas típicas do Estado) a professores, enfermeiros e pessoal administrativo, posições amplamente encontradas no setor privado. (Grifos nossos).

Neste último trecho, o preconceito contra quem não está nas tais "carreiras típicas de Estado" é indisfarçável. Reescrito, poderia ficar assim:

No Brasil, a estabilidade protege desde juízes e policiais federais (carreiras importantes, necessárias e consideradas típicas do Estado) a servidores de menor valor, descartáveis, como professores, enfermeiros e pessoal administrativo, carguinhos amplamente encontradas no setor privado. 

Uma coisa nojenta!

Outros pontos das matérias serão abordados em nova postagem nesta quarta-feira (13).

Compartilhe!



Tópicos relacionados:


PROCURAR

Mais recentes sobre o tópico piso do magistério:

Índice de atualização do piso nacional dos professores, bem como valor nominal, deve sair no final de dezembro ou início de janeiro, e tende a ser maior que esse percentual divulgado nesta quinta-feira pelo Dever de Classe. Confira tabela, ao final da matéria.