Epidemiologistas dizem que escolas devem ser fechadas daqui a 7 ou no máximo 20 dias

14/03/2020

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Imagem: aplicativo Canva
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Educação / Além da suspensão das aulas, pesquisadores querem também medidas mais abrangentes, como interrupção de espetáculos esportivos e artísticos, cultos religiosos e qualquer grande reunião e restringir a presença física em locais de trabalho e a circulação pelas cidades.

Cresce a pressão de especialistas para que medidas duras sejam tomadas pelas autoridades para evitar a aglomeração de pessoas e a disseminação do coronavírus por todo o Brasil. Neste sentido, é quase unanimidade entre os pesquisadores que escolas devam ser fechadas em caráter de urgência. Epidemiologistas ouvidos pela Folha de S.Paulo sugerem que medida deveria ser tomada daqui a 7 ou no máximo 20 dias. Continua, após o anúncio.

Medida amarga, mas necessária

Sobre o fechamento de escolas como forma de evitar que o coronavírus se alastre por todo o Brasil, Roberto Medronho deu a declaração abaixo, segundo matéria do Globo (14). Medronho é pediatra, especialista em saúde coletiva, além de professor titular da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

"O fechamento de escolas é uma medida amarga mas necessária. Criança alguma tem higiene, vamos reconhecer. Elas espirram e tossem sem cuidado, ficam com o nariz escorrendo. São extremamente sociáveis, se abraçam, têm contato a toda a hora. Se misturam na hora do recreio e interagem nas salas de aula. Para a transmissão da infecção, isso é um perigo. As escolas tinham que ser fechadas. Essa é a decisão acertada."


Parar tudo

Para os especialistas, na verdade, é preciso parar todo o Brasil e não apenas as escolas para evitar que o coronavírus se alastre. Sobre isso, matéria da Folha (14) diz:

"Epidemiologistas (...) afirmam que o governo deveria adotar em breve [no máximo 20 dias] providências a fim de impedir ou limitar em grande medida aglomerações e movimentações de pessoas, a exemplo do que fizeram países asiáticos e agora a Itália para atenuar a epidemia de Covid-19."

"Isto é, seria necessário suspender aulas, espetáculos esportivos e artísticos, cultos religiosos e qualquer grande reunião e restringir a presença física em locais de trabalho e a circulação pelas cidades." Continua, após o anúncio.

Professores apreensivos

O Dever de Classe consultou via Messenger alguns professores sobre o assunto. Docentes se mostram bastante apreensivos.

"Não sou da área, mas pelo que já li sobre o tema o quadro é muito grave. Se especialistas sugerem suspensão das aulas, não há o que discutir", diz a pernambucana Ana Aragão.

"O quadro é mais preocupante porque não se observa por parte do governo federal medidas eficazes contra essa epidemia que pode vir. O correto mesmo é suspender as aulas imediatamente. Com saúde não se brinca", afirma a carioca Célia Mendes. Continua, após o anúncio.

"Se as notícias de contaminação aumentarem, nem vou para a sala de aula nem mando meus filhos", opina o piauiense Sérgio Almeida.

O caso é grave, portanto. É preciso exigir que o governo Bolsonaro revogue imediatamente os efeitos da Pec da Morte, responsável por cortar verbas da saúde por vinte anos, algo letal para a maioria do povo em um momento como esses.

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