Educação para transformação
No enfrentamento de discursos extremistas e de ódio que tem reverberado entre os jovens, a organização reforçou o papel da educação como veículo importante de combate e promoção da paz. Segundo a Unesco, o ambiente educacional é capaz de proporcionar múltiplos modos de abordar causas profundas sobre ódio e sensibilizar estudantes de todas as idades, tanto online quanto offline.
"Mais do que nunca, nós não podemos ter uma educação meramente conteudista, ela, obrigatoriamente, precisa ser uma educação freiriana. Pautada na formação do ser humano, na perspectiva da convivência do respeito", aponta Rosilene.
Mas para que se tenha sucesso nesse combate ao ódio, a Audrey enfatizou a importância da capacitação efetiva dos educadores que estão na linha de frente da superação do fenômeno.
Segundo a organização, o foco é conseguir transformar estudantes em pessoas competentes para reconhecer e responder ao ódio e à injustiça. Para isso, o processo de aprendizado deve ser capaz de capacitar os alunos com conhecimento, valores, atitudes, competências e conhecimentos necessários, que auxiliem esses a tornarem-se agentes da paz em suas comunidades.
"Prepará-los para respeitar o valor da diversidade e dos direitos humanos, e ensiná-los a reconhecer a diferença entre discurso de ódio e liberdade de expressão", apontou a organização.
Entre as respostas contra o ódio com que a educação pode contribuir, foram destacadas as seguintes:
- 1-Formar professores e estudantes sobre os valores e práticas, para que se tornem cidadãos globais e digitais respeitosos;
- 2-Adotar abordagens pedagógicas e que envolvam toda a escola para fortalecer a aprendizagem social e emocional; e
- 3- Revisar e analisar currículos e materiais educacionais para torná-los responsivos em termos culturais e incluir conteúdos que identifiquem o discurso de ódio e promovam o direito à liberdade de expressão.
Por La Pública
Em defesa de uma educação pública de qualidade para todos, a Internacional da Educação reforçou, nesta quarta-feira (24), a luta contínua na campanha Por La Pública!, da qual a também CNTE participa. A campanha representa o desafio contra promotores da privatização e controle da educação pública.
Segundo a presidenta da Internacional da Educação, Susan Hopgood, o objetivo "é questionar os cortes orçamentários sofridos na educação em vários países, e defende a criação de um sistema educativo público inclusivo e de qualidade."
Fonte: CNTE, com informações do portal Unesco.org