Hoje na História: 26 de Abril
1965. Inauguração da TV Globo, que se tornaria a Rede Globo de Televisão.
COMPARTILHE!
Publicidade
A pandemia de coronavírus fez com que o período letivo fosse suspenso em todo o País, seja no setor público ou privado. Por enquanto, não há uma previsão mais otimista de quando a situação vá se normalizar. Muito pelo contrário. Autoridades médicas alertam que o índice maior de contaminação ainda estar por vir, principalmente se o presidente Jair Bolsonaro continuar a estimular as pessoas a saírem às ruas, em oposição ao que orienta o seu próprio ministro da Saúde Luiz Mandetta. Após o anúncio, um biólogo consultado pelo Dever de Classe fala sobre o caso particular das escolas, dos alunos e dos profissionais do magistério.
Leia também:
O biólogo Bruno S Silva fala sobre essa delicada questão.
O senhor acha que há a possibilidade concreta de cancelamento do ano letivo?
Sim. As escolas, principalmente as públicas, são ambientes em que o vírus pode se propagar com muita facilidade, devido à aglomeração natural de pessoas que tem diariamente nas mesmas. No geral, professores trabalham com salas superlotadas. Basta a notícia de que um aluno ou docente se contaminou para que o pânico seja instalado e todos se sintam inseguros de continuar as atividades, caso voltem nos próximos dois meses. Continua, após o anúncio.
E se houver um controle efetivo da doença a curto prazo?
Infelizmente não há essa previsão em nenhum lugar do mundo. E no Brasil já é consenso entre muitas autoridades médicas que a quarentena terá que entrar pelo segundo semestre, gostando o presidente Bolsonaro ou não. Em Nova Iorque, por exemplo, foi decidido que as escolas permanecerão fechadas por todo o resto deste ano letivo.
A saída poderá ser o Ensino à Distância?
Não funciona na Educação Básica, sobretudo no setor público de estados e municípios. Grande parte dos alunos não têm internet em casa e esta modalidade de ensino só é indicada, com muitas ressalvas, para o ensino superior. Tentar aplicar EAD de forma obrigatória pode resultar até em impasse jurídico.
O que fazer, então?
A saída para o Brasil é fazer o que está sendo feito no mundo todo: isolamento. Isto é o que pode garantir que o problema seja controlado num prazo menor e todos possam voltar às atividades de forma segura. Infelizmente, nosso presidente Bolsonaro parece que ainda não entendeu isso e trabalha, talvez mesmo sem querer, para inviabilizar o ano letivo.
COMPARTILHE!
Anúncio
1965. Inauguração da TV Globo, que se tornaria a Rede Globo de Televisão.
1974. Há 50 anos a Revolução dos Cravos derrubava ditadura fascista em Portugal.
Estudo revela que, a cada 8 minutos, uma mulher é vítima no país.
"A Revolução dos Cravos espantou a paz dos cemitérios que reinava em Portugal, oriunda da longeva batuta repressora de Salazar."
Análise é do professor Paulo Feldmann, da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP.
Carlota Boto é diretora da Faculdade de Educação da USP e doutora em História Social por essa renomada instituição.