Projeto aprovado na Câmara é praticamente o mesmo criado no governo do golpista Michel Temer e só atende a interesses de privatistas. Estudantes terão de conviver com o monstrengo dos itinerários (de)formativos, e docentes terão sobrecarga de trabalho.
Bolsonaro manda professores e alunos para o corredor da morte, diz biólogo
Educação / O presidente se excedeu ao chamar volta às aulas. Milhares de docentes têm doenças preexistentes e se tornam presas fáceis do coronavírus nas escolas.
COMPARTILHE!
Publicidade
![Capitão prega retorno imediato às aulas. Foto: Isac Nóbrega/PR/Agência Brasil](https://91a0d2558c.clvaw-cdnwnd.com/3c79772e6195bc5898e1615482d50f61/200001417-0321103214/bolsocorredor-min.jpg?ph=91a0d2558c)
O biólogo Cézar N Martins, consultado pelo Dever de Classe, diz que Jair Bolsonaro quer levar professores e alunos ao "corredor da morte". Crítica se refere ao fato do presidente ter pregado volta às aulas em todo o País e chamado de 'covarde' quem tem medo de se expor. Fala do capitão foi amplamente divulgada pela mídia nacional.
Martins adverte que milhares de docentes têm doenças preexistentes e se tornam presas fáceis do coronavírus nas escolas. Após o anúncio, o biólogo fala um pouco mais sobre os enormes perigos do retorno às aulas neste momento e explica por que isto equivaleria a um "corredor da morte".
Leia também:
- Descompasso no governo pode levar a cancelamento do ano letivo, diz analista
- Jurista diz que quarentena não desobriga reajuste (12,84%) do magistério
- Voltar às aulas antes do segundo semestre é muito perigoso, diz professor
As opiniões do biólogo:
Por que comparar retorno às aulas a um corredor da morte?
Vocês sabem o que é um corredor da morte? Nos EUA, quando um preso é condenado, vai para um espaço composto por celas e outros compartimentos. Lá, espera o dia final. Voltar às escolas e salas de aula agora seria ir para uma espécie de espaço assim, com possibilidade real de se contaminar e morrer. A diferença é que no corredor da morte às vezes a espera pode significar meses e até anos. Nos espaços fechados das salas salas de aula e escolas, na conjuntura atual, a contaminação e a morte podem vir bem mais cedo. Continua, após o anúncio.
Então o conselho do presidente Bolsonaro não deve ser seguido?
Claro que não, a não ser para quem queira brincar com a morte. Centenas de milhares de professores têm doenças preexistentes e são presas fáceis para o coronavírus dentro das escolas, espaços naturais de aglomeração. E o vírus, ao contrário do que o presidente falou, pega também em crianças e adolescentes e os mata do mesmo jeito.
E se o presidente conseguir impor sua autoridade maior com o apoio do novo ministro da Saúde?
Quando se trata de preservar a própria vida, não se deve obedecer autoridade maior nenhuma. Se for o caso, recorre-se à Justiça. E aliás, esse novo ministro é mais um motivo para que escolas fiquem fechadas, uma vez que, pela declaração que circula em vídeo por aí, ele não é muito simpático à vida dos mais velhos. Já pensou um jovem aluno e um professor contaminados! Ele certamente diria que era preciso deixar o professor morrer.
COMPARTILHE!
Faça uma pequena doação de qualquer valor, para ajudar a cobrir os custos de manutenção do site. Caso não possa ou não queira colaborar, continue a nos acessar do mesmo jeito enquanto estivermos ativos. Gratos.
Curta nossa página e receba atualizações sobre este e outros temas!
Anúncio
Mais recentes...
A dupla fala em "aliança da desonra", "vitória certa que foi adiada" e outras chorumelas mais.
Não interessa se a NFP tem liberais e se os aliados de Macron são o que todos sabemos que são. O fato é que a maioria dos franceses vetou o nazifascismo de Marine Le Pen, Bardella e seus ímpetos de morte.
Uma das absurdas ideias seria reduzir de 70% para 60% o percentual do fundo para pagar profissionais da Educação, e incluir nesse índice rebaixado mais gente para comer do bolo. Seria o fim dos reajustes anuais do piso nacional da categoria.
De janeiro até aqui, repasses do FPM cresceram em valores nominais 14,51%, na comparação com o mesmo período de 2023. Repasse extra é um incremento a mais aos cofres dos municípios.
Maior cidade do País poderá ter o privilégio de contar novamente com um grande estudioso na pasta, tal como ocorreu na gestão de Luisa Erundina, cujo Secretário de Educação foi Paulo Freire