Três polêmicas propostas de Bolsonaro afetam em cheio os professores! Leia e compartilhe...

06/10/2018
Manifestação em São Paulo contra candidatura Bolsonaro / Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Manifestação em São Paulo contra candidatura Bolsonaro / Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil

Os professores devem analisar bem essas propostas e julgar se são boas ou não para a melhoria da educação no País e para o próprio cotidiano dos educadores a partir de 2019 

Bolsonaro | O candidato Jair Bolsonaro (PSL) apresentou em sua campanha eleitoral até aqui três polêmicas propostas que afetam em cheio a vida dos professores, sobretudo os das redes públicas de estados e municípios. Caso o capitão seja eleito e ponha tais ideias em prática, muita coisa vai mudar na vida dos educadores. Veja, após o anúncio.

1. Educação à Distância a partir do Ensino Fundamental

Segundo matéria publicada na Folha de S.Paulo em 8 de agosto deste ano, Jair Bolsonaro declarou que defende Educação à Distância como forma de baratear os custos e combater o marxismo. A modalidade, conforme o capitão afirmou, poderá ser nos ensino fundamental, médio e superior. Se tal medida servirá para combater o suposto marxismo que Bolsonaro acha que tem nas escolas, não se sabe. No entanto, de fato a proposta pode trazer forte economia para os cofres públicos, pois não será preciso mais contratar professores ou pessoal de apoio. Quanto aos docentes que já existem, estes ficarão com os salários congelados, uma vez que perderão totalmente a capacidade de luta, já que estarão sem serventia em seus empregos. Numa situação mais extrema, poderão ser demitidos, caso uma outra proposta da candidatura Bolsonaro seja posta em prática, como veremos a seguir, após o anúncio.

2. Fim da Estabilidade dos Servidores Públicos

A candidatura Bolsonaro, através do seu vice, general Hamilton Mourão, propõe acabar com a estabilidade do funcionalismo público. Em discurso na Associação Rural de Bagé (RS) em 26 de setembro último, Mourão disse que é preciso aproximar a administração pública da gestão privada.

"Por que uma pessoa faz um concurso e no dia seguinte está estável no emprego? Ela não precisa mais se preocupar. Não é assim que as coisas se comportam. Tem que haver uma mudança e aproximar o serviço público para o que é a atividade privada", afirmou o vice de Bolsonaro, segundo reportagem do jornal Zero Hora. Sem a estabilidade e com a política de Educação à Distância, milhares de professores das redes públicas podem ser demitidos em todo o País. (Após o anúncio, veja a terceira proposta).

3. Alíquota Única de 20% no Imposto de Renda

De acordo com cálculos preliminares da contadora piauiense Carla Mata, a alíquota única de 20% de Imposto de Renda (IR) proposta por Paulo Guedes — principal coordenador do programa econômico de Jair Bolsonaro — trará sérios prejuízos aos que ganham menos no País, entre os quais os profissionais do magistério. A título de exemplo, Mata simulou quanto ficaria o IR de um professor da Rede Estadual de Educação do Piauí, que atualmente ganha R$ 3.710,65 e paga por mês R$ 125,97.


Diz Carla Mata:

  • "Pela tabela proposta, cortando as deduções e incentivos, a alíquota unica seria de 20% e o valor subiria para R$ 722,00. Pela Regra atual, com base de calculo na remuneração liquida, deduzindo previdência (11%), sua alíquota seria majorada de 7,5% (alíquota efetiva sobre a base de calculo) para 20% (mantendo a regra da base de calculo pós dedução da previdência). O valor estimado (porque não tem regra ainda) seria R$ 642,58."

Ou seja, numa hipótese ou noutra, o professor levará uma senhora facada, caso Bolsonaro ganhe as eleições e faça valer tal projeto. Na primeira, o aumento é de R$ 596,03. E na segunda, R$ 516,01. (Fonte: maisvisto,com) (Continua, após o anúncio).

Alerta

Os professores devem, portanto, analisar bem essas propostas e julgar se são boas ou não para a melhoria da educação no País e para o próprio cotidiano dos educadores a partir de 2019.

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