Lenda urbana
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Relatos de médicos e pacientes mostram que, além de óbitos, o tal "tratamento precoce" recomendado por Jair Bolsonaro e seu ministro Pazuello ao povo acarreta hepatites, arritmias, sangramentos, dor de barriga e desidratação.
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Saúde | Não são poucos os casos de pessoas que caíram na conversa do presidente Jair Bolsonaro e do seu ministro da Saúde general Eduardo Pazuello e foram a óbito após se submeterem ao kit de drogas que as duas autoridades recomendam contra a Covid-19. É o que eles chamam de 'tratamento precoce" contra a doença, que só é eficaz mesmo para matar e trazer outros efeitos colaterais gravíssimos. Após o anúncio, veja relatos de médicos e pacientes sobre o assunto.
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Segundo matéria da Folha de S.Paulo (22), uma das vítimas fatais do kit Covid é o policial penal Edson José da Rocha, 51 anos. "Eu sinto o meu coração bater na boca, dizia Edson, segundo conta a irmã da vítima, a médica Ivone Meneguella, intensivista de hospitais em Campinas (SP). Segundo ela, uma arritmia cardíaca e a piora do quadro clínico ficaram claras após o terceiro comprimido de cloroquina que o irmão tomou, apesar do apelo que ela tinha feito aos seus médicos de não dar a droga por causa do histórico de arritmias na família. O policial penal morreu em 26 de agosto do ano passado. Antes de morrer, Edson também desenvolveu grande cansaço, dores na barriga, diarreia e desidratação." Continua, após o anúncio.
"Os medicamentos do "tratamento precoce" da Covid-19 estimulado pelo Ministério da Saúde e pelo presidente Jair Bolsonaro (sem partido) podem causar arritmia cardíaca, sangramentos e inflamação no fígado, segundo especialistas."
"Após um ano de pandemia e dezenas de estudos, a cloroquina, a hidroxicloroquina e a azitromicina não mostraram efeito benéfico no tratamento da doença, e não há estudo convincente sobre a eficácia antiviral da ivermectina."
"Em nota conjunta, a Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) e a Associação Médica Brasileira (AMB) afirmam que as melhores evidências científicas demonstram que nenhuma medicação tem eficácia na prevenção ou no tratamento precoce para a Covid-19 até o presente momento."
Após o anúncio, veja como está o mapa da situação do único remédio eficaz contra o coronavírus: a vacina.
População: 211,8 milhões - IBGE 2020. Cada pessoa deve tomar duas doses, num prazo de 21 dias.
Para imunizar 100% da população, são necessárias 445 milhões de doses, já com previsão de perda de 5% na logística do armazenamento e transporte.
Mas há quem diga que as condições sanitárias seguras viriam com imunização de 60 a 70 por cento do povo.
Com estes percentuais, a necessidade de doses cairia de 445 milhões para 311 milhões.
O ilusório e fantasma Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde prevê a vacinação de — apenas — 49,7 milhões de pessoas, divididos em 03 Grupos, necessitando de 104,3 milhões de doses.
O Brasil — até agora — possui somente as 06 milhões de doses articuladas pelo Governo de São Paulo. O presidente Bolsonaro não viabilizou uma gota sequer da vacina até o momento. Quem não é de grupos prioritários, portanto, deve manter estoque de máscaras, álcool em gel e isolamento social. O contágio continua alto e, se depender do capitão, a fila não vai andar. É só bomba em cima da maioria do povo.
*Com dados de José Professor Pachêco, docente e advogado.
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