Saber que um ex-presidente vai para a cadeia por ordem de Alexandre de Moraes é torturante para o arcabouço psicológico do capitão, um homem totalmente desequilibrado e covarde
USP: estudo revela como estresse ativa produção de glicose no fígado via sistema nervoso
Reconstrução tridimensional do órgão e tecidos hepáticos identifica rede nervosa que circunda o fígado transportando o neurotransmissor responsável pelos ajustes metabólicos
Compartilhe!
Sua contribuição é crucial, pois ajuda na cobertura dos custos mensais da página, para que possamos mantê-la atualizada. Obrigado.
Jornal da USP, 15/08/2024
esquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da USP descreveram a anatomia e o mecanismo de comunicação do sistema nervoso simpático com o fígado para a produção de glicose. Em situações de estresse, fibras nervosas levam ao fígado informações para iniciar o processo. Os resultados do estudo devem auxiliar na compreensão de doenças metabólicas, como diabete, resistência à insulina e obesidade, que envolvem a produção de glicose e níveis elevados de estresse.
O artigo A inervação noradrenérgica hepática atua via CREB/CRTC2 para ativar a gliconeogênese durante o frioé fruto de trabalho em parceria do professor Luiz Carlos Carvalho Navegantes e seu aluno de doutorado Henrique Morgan, ambos do Departamento de Fisiologia da FMRP, com a Universidade de Oxford e o Instituto Francis Crick, na Inglaterra. No estudo, os pesquisadores induziram o estresse em camundongos utilizando baixas temperaturas para que ocorresse a ativação dos nervos que secretam um neurotransmissor específico, a noradrenalina.
Também chamada de norepinefrina, a noradrenalina é responsável por grande parte dos ajustes metabólicos, cardiovasculares e comportamentais da resposta ao estresse. Conforme explica Navegantes, esses ajustes compreendem um conjunto conhecido como reação de luta-e-fuga. "Pense, por exemplo, quanto isso foi importante em uma luta entre predador e presa. Neste caso, conseguimos sobreviver ao estresse graças à noradrenalina", diz ele. Entre os ajustes metabólicos ao estresse, temos o aumento da glicemia, a concentração de glicose, produzida pelo fígado e direcionada ao cérebro, músculos e outras partes do corpo fornecendo energia.
Leia também:
Para que fosse possível visualizar como o mecanismo ocorre, os pesquisadores utilizaram uma técnica inédita no Brasil chamada 3DISCO. O principal objetivo deste método é tornar órgãos, como o fígado, transparentes para que os cientistas possam ver suas estruturas internas (nervos e vasos sanguíneos, por exemplo) em detalhes. Assim, "foram utilizados solventes químicos para clarear o fígado dos camundongos; e com o uso de um microscópio superpotente, foi possível visualizar e reconstruir de forma tridimensional como a inervação chega ao fígado", informa o professor.
Através da técnica, os cientistas conseguiram também observar que, para a produção de glicose, o sistema nervoso simpático não se comunica com o fígado diretamente, mas usa as fibras nervosas, que formam uma rede ao longo dos vasos, sem tocar diretamente nas células do fígado (hepatócitos) responsáveis pelas funções metabólicas. "Com isso, a noradrenalina é liberada pelas fibras nervosas do sistema nervoso simpático e chega até o hepatócito por meio de uma rede nervosa que circunda o fígado", acrescenta Navegantes.Estresse aumenta frequência de respostas metabólicas
No estresse do dia a dia também há ativação dos mesmos nervos e de muitos outros. Porém, informa Navegantes, como há diferentes formas de estresse e cada indivíduo ou espécie responde de forma diferente, é muito difícil generalizar. Mas "em situações estressantes há um aumento da frequência destas respostas e, portanto, o risco do diabetes e de outras doenças metabólicas aumenta porque a atividade simpática aumenta, contribuindo assim para a glicemia elevada", afirma.
Outro fator que pode desencadear o aparecimento de doenças metabólicas é a genética. Por isso, é seguro dizer que indivíduos com predisposição genética e, ao mesmo tempo, estressados, têm mais chances de desenvolver diabete. O professor também alerta que a regulação neural pode estar comprometida em situações de doenças do próprio fígado, como a inflamação e os transplantes, nas quais esta comunicação é perdida.
Assim, os resultados do estudo devem ajudar a compreensão desses mecanismos, do que é importante para entender o funcionamento de doenças metabólicas, como diabete, resistência à insulina e obesidade. Podem ainda abrir caminhos para novos estudos focados no tema, especialmente em situações de alterações do sistema nervoso simpático causadas pelo estresse diário que levam ao aumento da glicemia associada ao aumento da pressão arterial.
Leia original AQUI
Anúncio
Tópicos relacionados:
Dez matérias mais recentes:
Camilo Santana anunciou recentemente que enviaria projeto sobre isso ao Congresso Nacional
Na opinião enviada ao Dever de Classe por especialista, fundo deveria voltar a cobrir apenas o salário dos profissionais com formação de magistério
Por que o nome é América Latina? E existe Europa Latina? Que livro de Machado de Assis tem como conflito um famoso caso de possível adultério? Veja na matéria com respostas essas e outras questões
Quem não gosta de cinema? Difícil achar, né? A relação dos dez ótimos filmes abaixo é fundamental para quem quer aprender mais sobre a vida, as pessoas, o mundo, a História... É sobretudo indicada para os que labutam com Educação...
Acordo milionário com a máfia, complôs, assassinatos... Bastidores da igreja católica na versão de Mario Puzo adaptada para o cinema
Mathew Schmalz é professor de Estudos Religiosos do College of the Holy Cross (Colégio de Santa Cruz), localizado em Worcester, Massachusetts, EUA
Três feitos progressistas do Papa Francisco
Além da amizade com Lula e o MST no Brasil, papa morto nesta segunda-feira (21) defendeu causas adversas aos chamados conservadores mundo afora
Cientista Social e Historiador, o professor Evannoel Lima faz brilhante análise sobre uma das séries de maior sucesso em 2025 até aqui
Sobre Fé, Deus, Vinho e Autoengano
A Fé, como tudo que é abstrato, por mais amolada que seja —, sozinha não será capaz de mudar coisa nenhuma.