GREVE | Contra demissões, Correios podem parar o Brasil! Saiba mais e compartilhe

07/05/2018

Segundo José Rodrigues — da Secretaria do Norte e Nordeste da FENTECT — Congresso da categoria pode deliberar por Greve Geral, caso Temer e a direção dos Correios levem à frente a demissão de trabalhadores

DA REDAÇÃO | Milhares de trabalhadores poderão cruzar os braços contra o fechamento de 513 agências dos Correios e demissão de mais de 5 mil funcionários dessa empresa. A informação é de José Rodrigues dos Santos Neto, da Secretaria do Norte e Nordeste da Fentect - Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas de Correios e Telégrafos e Similares.

Leia também: Mais de 500 agências serão fechadas nos Correios e 5,3 mil trabalhadores serão demitidos! 


Greve Geral 

Zé Rodrigues (foto) conversou com o Dever de Classe por telefone e deu o informe de que haverá um Congresso Nacional da categoria. Será de 31 de maio a 3 de junho próximos. É possível, assinalou, que o encontro delibere por Greve Geral em todo o País, caso a empresa e o desgoverno Temer (MDB) levem à frente essa absurda medida de desempregar 5.300 pais e mães de família. 


Leia trechos da conversa:

Como você analisa essa medida do governo Temer e da direção dos Correios de fechar 513 empresas e demitir mais de 5 mil trabalhadores?

Na verdade, é a continuidade do sucateamento da empresa que vem sendo feito já há vários anos. Em muitas agências falta até material de limpeza. Os carros também estão quebrados, falta material de expediente, enfim, é uma política de desestruturação.  Em 2012 éramos 127 mil funcionários. Em 2018 este número caiu para 107 mil. Milhares foram demitidos através de PDV [plano de demissão voluntária] e PDI [plano de demissão incentivada]O último concurso que ocorreu foi em 2011. E agora anunciam mais demissões. (Continua, após o anúncio).

Com que objetivos?

Eles querem privatizar a empresa, por isso demitem trabalhadores, pioram os serviços, que é para justificar a medida de entregar o patrimônio público à iniciativa privada. Uma das medidas adotadas é a DDA — Distribuição Domiciliar Alternada — que legaliza a precarização da entrega das correspondências, pois um mesmo carteiro terá que cobrir três bairros, ou seja, não passará todo dia num mesmo bairro. Isto vai ser ruim para a população. Na prática, a empresa em grande parte já é privatizada, já atua sob a ótica do lucro: vende crédito de celular, seguros privados etc. (Após a galeria de imagens, Zé Rodrigues fala sobre a possibilidade de greve geral).

E a greve?

De 31 de maio a 3 de junho ocorrerá o Congresso Nacional da categoria. É muito provável que se delibere por greve geral. Não vamos aceitar que o Temer e a direção dos Correios desempreguem e massacrem os trabalhadores.

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