Hoje na História: 25 de Abril
1974. Há 50 anos a Revolução dos Cravos derrubava ditadura fascista em Portugal.
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Salários dos servidores públicos de todo o Brasil poderão atrasar ou sofrer drástica redução por conta do surto de coronavírus que ameaça todo o País. O deputado federal Fábio Faria (PSD-RN) e a Rede Globo já lançaram proposta de corte nos ganhos do funcionalismo. Ao final da matéria, economista alerta sobre a gravidade da situação. Continua, após o anúncio.
Em sua conta no Instagram, o deputado bolsonarista Fábio Faria defendeu corte de até 50% nos salários do funcionalismo da União, estados e municípios, dos três poderes. Matéria sobre isto está no site PODER 360 (20).
Para defender tal proposta, o parlamentar citou o péssimo exemplo do ministro Paulo Guedes — chefão da equipe econômica de Bolsonaro — que propôs tesourar 50% dos ganhos dos trabalhadores do setor privado. Na mesma linha, a Rede Globo chama servidores de privilegiados' e também defende corte nos salários dos mesmos. Continua, após o anúncio.
"Eu acho que isso [cortar até 50% do salário do servidor da União, estados e municípios] deveria ser feito para os Três Poderes, Judiciário, Executivo e Legislativo. Enquanto durar essa crise, todos nós cortaremos na carne", declarou o parlamentar Fábio Faria, que teve o apoio do seu colega Wladimir Garotinho (PSD-RJ).
A Rede Globo, por sua vez, publicou o editorial "Funcionalismo tem de dar a sua contribuição" (20). No texto, chama os servidores de 'privilegiados' e defende a mesma ideia de cortar salários:
"O servidor público, que sai do serviço ativo ainda jovem e com benefícios superiores a R$ 10 mil ou R$ 20 mil, a depender da esfera administrativa em que esteja. A reforma [da Previdência] conseguiu acabar com parte do privilégio, mas apenas para os novos servidores, e nem todos." Continua, após o anúncio.
O Dever de Classe consultou o economista Carlos S Campelo, que fez o seguinte alerta:
"O funcionalismo corre de fato sério risco de perder temporariamente seus salários por conta dessa crise gerada pelo coronavírus. União, estados e municípios, seguindo orientações do governo Bolsonaro, não hesitarão em cortar na carne de professores, enfermeiros, médicos e outros servidores comuns, pois não terão coragem de cobrar os impostos devidos por grandes empresários e banqueiros. Ademais, com boa parte da economia parada, entes da federação arrecadarão menos, o que certamente será usado para justificar eventuais atrasos ou cortes drásticos nos salários do funcionalismo. A situação é grave."
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Análise é do professor Paulo Feldmann, da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP.
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