A combinação de ambas, uma inclusive já em tramitação no Senado, traria certamente ganhos relevantes ao magistério a curto, médio e longo prazos
Deputado ameaça preservar texto que aniquila Ensino Médio
Mendonça Filho diz que fez acordo com o governo Lula e partidos que vão do PT ao PL, mas não é bem assim
Compartilhe!
Resumo da matéria. Clique...
Deputado Mendonça Filho (União-PE) ameaça retroceder e voltar ao esdrúxulo projeto de Ensino Médio por ele relatado na Câmara. Entre outros absurdos, medida privatiza essa importante etapa da Educação nacional e, na prática, extingue a maioria das disciplinas tradicionais. Na relatoria do parlamentar pernambucano, apenas Português e Matemática seriam obrigatórias nos três anos desse curso. Como o Senado fez algumas mudanças para melhor no projeto, deputados terão de rediscuti-lo, daí as ameaças de Mendonça de voltar o que o Senado modificou. Mais abaixo, confira a íntegra da matéria.
Sua contribuição é crucial, pois ajuda na cobertura dos custos mensais da página, para que possamos mantê-la atualizada. Obrigado.
egundo matéria da Folha de São Paulo desta quarta-feira (4), o deputado Mendonça Filho (União-PE) — relator na Câmara do projeto de novo Ensino Médio — ameaça preservar texto nocivo a esssa importante etapa da Educação nacional. Para tanto, declarou ao jornalão paulista que fez acordo com o governo Lula e parlamentares que vão do PT ao PL. Eis trecho de sua fala:
"Vou trabalhar para preservar o texto que não é o meu, mas resultado de acordo com o governo [Lula], com secretários de Educação e com a Câmara, onde teve apoio de partidos que vão do PT ao PL."
Deputado falta com a verdade
- Foi criado no governo golpista de Michel Temer, no qual ele foi indicado ministro da Educação.
- Medida, na prática, aniquila o Ensino Médio, pois tem lógica privatista e reduz drasticamente as disciplinas tradicionais, deixando como obrigatórias nos três anos apenas Português e Matemática.
- Em troca da maioria das disciplinas exigidas no Enem e concursos públicos, cria a abjeta figura dos "itinerários formativos", onde os estudantes, dentre outras aberrações, iriam às escolas aprender matérias como: "Brigadeiro Caseiro", "O que rola por aí" e "Como ensinar seu louro a falar". Leia AQUI:
Anúncio
Senado mudou o texto
Tal projeto relatado por Mendonça Filho na Câmara sofreu algumas mudanças para melhor no Senado, embora tenha deixado a porteira aberta para privatização. Alterações positivas ocorreram após pressões da CNTE, educadores e lideranças sindicais do PT e de outros partidos de esquerda. Ações fizeram inclusive com que parlamentares da sigla do próprio político pernambucano, como a senadora Professora Dorinha Seabra (União-TO), aceitassem modificações na medida. Professora Dorinha foi a relatora da questão.
Lula deve vetar retrocesso
Como o projeto aprovado na Câmara foi alterados pelos senadores, deputados terão de rediscuti-lo. E o que Mendonça Filho ameaça agora é retroceder e voltar ao projeto original esdrúxulo por ele relatado, algo que, pelos fatos, não unifica nem seu próprio partido.
Caso Mendonça Filho consiga seu intento, Lula certamente vetará esse retrocesso. Pelo menos é o que se espera.
Compartilhe!
Tópicos relacionados:
Dez matérias mais recentes:
Pablo Marçal não passará
Apesar das pesquisas, continua no mínimo precitado atribuir ao ex-coach um superpoder que ele não tem, sobretudo quando se cogita que o superstar da pilantragem já é quase o presidente da República eleito em 2026. O arrivista, nem para prefeito de São Paulo passará.
Pesquisa diz que conclusão do ensino superior é maior entre estudantes com cotas e ProUni
Dados são do Censo da Educação Superior 2023, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep)
Desse percentual, 50% dos postos foram preenchidos pelos beneficiários do Bolsa Família, contrariando a tese direitista de que os mais pobres não querem trabalhar
"É preciso de fato melhorar a lei, há condições e dinheiro para isso", diz o analista
Cálculo do órgão se baseia na cesta básica mais cara em setembro e no que reza a Constituição Federal
Com base na cesta mais cara, salário mínimo em setembro último — necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas — deveria ter sido de R$ 6.657,55
Em Pernambuco, por exemplo, crescimento chegou a 16,58%, e no Amapá a 22,33%; confira todos os estados, a partir de tabela geral do Banco do Brasil do mês de setembro
Projeto de Lei deve atualizar as regras do piso nacional, e minuta do PL pode ser avaliada até 20 de dezembro, com objetivo de melhorar a correção salarial anual do magistério
Repasses às prefeituras informados pela Secretaria do Tesouro Nacional têm crescido desde 2023