Hoje na História: 18 de Abril
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Indefinição de vacina contra Covid-19, reajuste zero no piso nacional do magistério e efeitos danosos da PEC 32 sobre os salários do docentes são fortes elementos contra o retorno às escolas.
Educação | O Dever de Classe consultou o cientista social e educador Caio T Moreira sobre as possibilidades de retorno às aulas presenciais logo no primeiro semestre de 2021, em particular nas escolas da educação básica pública.
O pesquisador aponta alguns elementos que, segundo ele, talvez levem a abertura das escolas públicas e privadas apenas para o segundo semestre do ano que vem. Confira, após o anúncio.
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Por que o senhor acha que as aulas presenciais talvez só voltem no segundo semestre de 2021?
Nas escolas públicas e particulares, há dois fatores comuns que indicam que dificilmente abrirão pra valer no primeiro semestre do ano que vem: indefinição da vacina contra a Covid-19 e ameças de novas ondas da doença. Quando isto será de fato resolvido? As autoridades não parecem ter respostas convincentes. Enquanto isso, a tendência é que tudo permaneça fechado, até porque a maioria dos pais também não se sente segura em mandar os filhos para as escolas. Continua, após o anúncio.
E em relação apenas às escolas públicas de estados e municípios?
Além da questão da pandemia, há também pelo menos dois outros fortes agravantes. O governo Bolsonaro publicou uma portaria interministerial que zera o reajuste do piso do magistério para 2021. Parece-me que é a primeira vez que isto ocorre. Os professores vão querer voltar à sala de aula com o risco de contaminação e ainda sem qualquer promessa de aumento em seus salários? Dificilmente. Continua, após o anúncio.
E o outro fator?
É a PEC 32, a Reforma Administrativa do governo Bolsonaro. Esse projeto que já está no Congresso prejudica todo o funcionalismo, em particular os educadores. Quando os docentes forem se dando conta do que vem de ruim por aí, se desestimularão mais ainda para retornar às escolas.
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