Isolados juntos, certamente também na cadeia
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Bolsonaro disse que vai dar carta branca para a PM matar em serviço. Como os policiais tiram também serviço reprimindo greves, isto significa que poderão usar bala de verdade contra os grevistas
DA REDAÇÃO | Segundo amplamente noticiado na chamada "grande mídia" nacional, o presidenciável Jair Bolsonaro (PSC-RJ) disse que, se eleito, vai dar "carta branca" para a polícia matar em serviço.
Segundo matéria do Uol Notícias (14.12.2017), Bolsonaro declarou: "Nós vamos brigar pelo excludente de ilicitude. O policial militar em ação responde, mas não tem punição. Se alguém disser que quero dar carta branca para policial militar matar, eu respondo: quero sim." (Continua após o anúncio).
Dentre outros absurdos, isto significa que, na prática, se a PM for escalada para reprimir trabalhadores grevistas poderá usar arma de fogo e até matar quando um movimento estiver com os ânimos mais acirrados. Em recente greve de professores do Paraná, muitos docentes foram brutalmente espancados por policiais militares. (Continua após o anúncio).
Caso a regra Bolsonaro estivesse em vigor, PMs poderiam ter usado contra os educadores paranaenses não apenas cassetetes, balas de borracha, spray de pimenta e outros apetrechos repressivos.
Os policiais poderiam ter atirado com bala de verdade e ter assassinado muita gente. Como estariam em serviço, seriam julgados mas não punidos, conforme propõe Bolsonaro. É a legalização da barbárie.
De acordo ainda com a matéria do Uol: "A Constituição do Brasil veda pena de morte. Autorização para policiais matarem em serviço não ocorre sequer em guerras e nem foi legalizada no país nos períodos de maior repressão como no regime militar." A proposta de Bolsonaro, portanto, é a expressão mais bem acabada de um ser insano.
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