Docente diz que "projeto não é ruim e que cabe a cada profissional decidir se quer trabalhar na sala de aula e em outras funções quaisquer em estados, DF e municípios"
Deputada apresenta dois motivos para que professores sejam incluídos nos grupos prioritários de vacinação
Parlamentar alega que, pela natureza do trabalho, os docentes têm problemas circulatórios, de pressão arterial e alergias respiratórias, porque muitos ainda trabalham com giz. E apresenta também um outro fator.
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Educação | A deputada federal Alice Portugal (PCdoB-BA) defende que os professores sejam incluídos nos grupos prioritários para vacinação contra a Covid-19. Para tanto, apresenta dois bons motivos. Veja, após o anúncio.
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Motivo 1: Problemas de saúde
"Nós temos um grande número de profissionais da educação que, pelo trabalho que envolve ficar em pé, tem problemas circulatórios, tem problemas de pressão arterial. Temos muitos professores com alergias respiratórias, porque nós ainda usamos giz. Esse é um grupo que está incorporado ao grupo de risco independente da idade, porque são comorbidades características do fazer, são as chamadas doenças do trabalho, doenças da ocupação, que o professorado tem de maneira alargada", diz a parlamentar. Continua, após o anúncio.
Motivo 2: Espaço de vivência
"A escola é um espaço de vivência, é impossível escola sem troca, sem fala. A educação brasileira parou, e sabemos o que significa em termos de prejuízo da aprendizagem, de evolução da compreensão, não somente conteudística, mas também emocional e humana para os alunos. Muitos governos estão anunciando que vão voltar às aulas em março. Mas vão voltar como, se nós não vacinarmos o grupo educação?"
Fonte: site do PCdoB Bahia.
Veja o quadro geral da vacinação no País:
O infográfico abaixo mostra um quadro geral da vacinação, inclusive com os grupos localizados como prioritários pelo Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde.
*O Brasil e a vacina contra a Covid-19
População: 211,8 milhões - IBGE 2020. Cada pessoa deve tomar duas doses, num prazo de 21 dias.
Para imunizar 100% da população, são necessárias 445 milhões de doses, já com previsão de perda de 5% na logística do armazenamento e transporte.
Mas há quem diga que as condições sanitárias seguras viriam com imunização de 60 a 70 por cento do povo.
Com estes percentuais, a necessidade de doses cairia de 445 milhões para 311 milhões. Continua, após o anúncio.
O ilusório e fantasma Plano Nacional de Imunização do Ministério da Saúde prevê a vacinação de — apenas — 49,7 milhões de pessoas, divididos em 03 Grupos, necessitando de 104,3 milhões de doses.
No primeiro grupo estão: trabalhadores de Saúde; pessoas de 75 anos ou mais; pessoas de 60 anos ou mais institucionalizadas; população indígena aldeado em terras demarcadas, povos e comunidades tradicionais ribeirinhas.
O segundo e terceiro grupos são formados por: pessoas de 60 a 74 anos e os portadores de Morbidades: Diabetes mellitus; hipertensão arterial grave; doença pulmonar obstrutiva crônica; doença renal; doenças cardiovasculares e cerebrovasculares; indivíduos transplantados de órgão sólido; anemia falciforme; câncer; obesidade grave (IMC≥40).
O Brasil — até agora — possui somente as 06 milhões de doses articuladas pelo Governo de São Paulo e dois milhões viabilizados pelo governo federal. Quem não é de grupos prioritários, portanto, deve manter estoque de máscaras, álcool em gel e isolamento social. O contágio continua alto e, se depender do capitão, a fila não vai andar. É só bomba em cima da maioria do povo.
*Com dados de José Professor Pachêco, docente e advogado.
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