Índice de 6.27% e valor nominal de R$ 4.867,77 estão definidos desde o final de dezembro de 2024, para cumprimento já neste mês de janeiro. Prefeitos e governadores, contudo, calam à espera de portaria do MEC não obrigatória, mas que virou tradição. Ministro Camilo Santana já deveria ter publicado e foi questionado novamente pelo Dever de Classe
Alta dos preços faz setor da classe média que pensa que é rico trocar a carne de primeira por ovo frito
Dados de Pesquisa Nacional feita em novembro pelo DIEESE mostram que custo da cesta básica subiu na maioria das capitais.
COMPARTILHE!
Publicidade
Economia | Pesquisa Nacional feita em novembro último pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos — DIEESE — mostra que custo da cesta básica subiu na maioria das capitais.
Das 17 cidades pesquisadas, 16 teve elevação de preços em relação ao mês anterior, outubro. Alta nos produtos atinge sobretudo os mais pobres, mas afeta também em cheio o setor da classe média que pensa que é rico. Muitos tiveram que trocar a carne de primeira por ovo frito, o que os deixa abalados psicologicamente. Continua, após o anúncio.
Tudo mais caro
Segundo a pesquisa do DIEESE, "foi possível identificar tendências de elevação no custo da carne bovina, do arroz, óleo de soja, açúcar, tomate e da batata na maior parte das cidades." Com base ainda nessa pesquisa, a cesta básica em novembro mais cara é a do Rio de Janeiro. E, diz ainda o DIEESE: com base nessa cesta do Rio, "o salário mínimo necessário em todo o Brasil deveria ser equivalente a R$ 5.289,53, o que corresponde a 5,06 vezes o mínimo vigente, de R$ 1.045,00. O cálculo é feito levando em consideração uma família de quatro pessoas, com dois adultos e duas crianças."
Classe média que pensa que é rica sofre mais
A elevação do custo de vida traz problemas sobretudo para os mais pobres. Mas atinge duplamente o setor da classe média que pensa que é rico, em particular os que saíram às ruas contra o PT e depois votaram no Bolsonaro. Primeiro, porque ficam também privados de uma vida mais confortável. Segundo, porque não entendem que não são ricos. Por isso, sofrem mais, diz a psicóloga carioca Ana C Carvalho. Continua, após o anúncio.
Diz a psicóloga:
"A crise econômica e a elevação do custo de vida abala muito esse setor da sociedade que não é de baixa nem de alta renda, mas que quer levar uma vida de alto padrão e não pode. Deixar de comer carne de primeira, por exemplo, para ter que comer ovo frito, os deixa sem sono. Eles sofrem mais."
COMPARTILHE!
Ajude com uma pequena doação de qualquer valor. Temos custos a pagar todos os meses e, para manter nossas publicações, precisamos de seu apoio. Se não quiser ou não puder doar, continue a nos acessar do mesmo jeito. Gratos.
Curta nossa página e receba atualizações sobre este e outros temas!
Mais recentes...
O que se vê é o completo desrespeito por parte de governadores e prefeitos ao objetivo-alvo da lei do piso e, com isso, a tal sonhada valorização docente fica a cada dia mais distante
Portaria do Ministério da Educação apressa o cumprimento logo em janeiro. O Dever de Classe questionou o ministro Camilo Santana sobre a demora do anúncio, assessoria respondeu
MEC, apenas para atendar protocolo que se tornou tradição, deverá editar Portaria em breve para ratificar o que estabelece a lei nº 11.738/2008
Reajuste de 6,27% e valor mínimo de R$ 4.867,77 estão assegurados na lei federal 11.738/2008; prefeitos e governadores são obrigados a cumprir
O que houve no 8 de janeiro de 2023 no Distrito Federal com a horda de bárbaros invadindo e depredando os prédios dos três poderes — mobilizados, financiados e "convidados" para a "festa da Selma" — pode ser considerado como o "resumo compacto do governo Bolsonaro..."