Não é reforma, é o fim da aposentadoria dos trabalhadores! Leia e compartilhe...
É preciso dizer de forma direta e sem rodeios que Bolsonaro & Cia querem aniquilar o futuro da maioria da população. Essa reforma não pode ser aprovada
Economia | Por *Landim Neto, editor do Dever de Classe. Eufemismo é arma poderosa quando se quer suavizar algo que não presta. Tal recurso retórico é sempre muito usado por governos ou grupos privados quando objetivam enganar quem vive do próprio trabalho. É o caso do fim da aposentadoria dos trabalhadores — que Jair Bolsonaro e sua equipe econômica chamam espertamente de "reforma da previdência".
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O projeto que o atual governo envia hoje (20) ao Congresso Nacional — se aprovado — praticamente inviabiliza qualquer ideia de aposentadoria para quem produz as riquezas do país. Estabelecer idade mínima de 62 anos para mulheres, e 65 para homens, é dizer de forma camuflada que a maioria da população não irá se aposentar.
Além dessa absurda idade mínima que a maioria dos trabalhadores não pode cumprir, Bolsonaro e sua equipe econômica estabelecem também tempo mínimo de 40 anos de contribuição à previdência para quem quiser aposentadoria integral. Pura maldade. Técnicos do governos sabem que pouquíssimos conseguirão atingir tamanho teto. Continua, após o anúncio.
A reforma de Bolsonaro prevê ainda duros ataques a idosos de baixa renda e a deficientes. Tais grupos podem ficar sem o direito de sequer receber um salário mínimo todo mês. Uma crueldade.
É necessário, pois, construir uma poderosa mobilização para derrotar essa política. É preciso — sem eufemismos e de forma direta — explicar aos trabalhadores que Bolsonaro & Cia querem piorar ainda mais a vida da maioria da população. Essa reforma não pode ser aprovada.
*Landim Neto, além de editor do Dever de Classe, é também professor da educação básica pública no Piauí.
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Um dos editores do Dever de Classe, professor Landim Neto, comenta a questão numa perspectiva marxista, de esquerda.