ESPECIAL: Veja as supostas regalias (direitos) que o governo começa a extinguir do pessoal da educação em todo o país! Compartilhe...

23/06/2017
Foto: Agência Brasil
Foto: Agência Brasil

EDUCAÇÃO | Piso Nacional, Planos de Carreira, Férias de 45 dias, Horário Pedagógico, Aposentadoria Especial e até o acesso à Merenda Escolar. Tudo está sob a mira de Michel Temer, Mendonça Filho e seus seguidores nos estados, municípios e Congresso Nacional. Saiba aqui o que já está aprovado ou em tramitação para acabar com os direitos dos profissionais do magistério, em particular dos professores

Dentre outras macabras missões, o desgoverno Temer (PMDB) entrou com a tarefa de atacar os servidores públicos de todo o país. O discurso e a prática privatistas incorporados do PSDB, principal aliado do "Temeroso", visam jogar a opinião pública contra o funcionalismo brasileiro, detentor de supostas regalias, na visão do governo federal e de seus seguidores no Congresso, estados e municípios. Neste particular, os profissionais da educação, principalmente os professores, são os maiores alvos de ataques dos golpistas.

Os ataques já estão a pleno vapor. Confira com atenção abaixo:

  • Projeto de Lei do Senado 409/2016 - Acaba o Piso do Magistério. De autoria do senador Dalírio Beber (PSDB-SC), esse PLS autoriza prefeitos e governadores a rebaixarem os reajustes anuais do piso nacional dos professores. Pela lei do piso, a correção todo mês de janeiro deve ser pela variação do custo-aluno, geralmente bem maior que a inflação anual do governo. Pelo projeto desse aliado de Michel Temer, os gestores ficarão livres para reajustar o piso apenas pela inflação oficial ou até abaixo dela.
  • Reforma da Previdência - Extingue a Aposentadoria Especial dos professores. Na prática, acaba com a aposentadoria de todos os trabalhadores, tendo em vista que impõe idade mínima acima de 60 anos para homens e mulheres se aposentarem e também idade mínima de 49 anos de contribuição para quem quiser aposentadoria integral. 
  • Projeto de Lei nº 116/2017 - Acaba com a estabilidade do funcionalismo. A medida cria uma draconiana Avaliação de Desempenho semestral, em particular para os concursados e já estáveis, cujo avaliador é o chefe imediato do funcionário. Quem não alcançar as notas mínimas previstas no projeto pode ser demitido. Imagine numa escola onde um diretor não se dê bem com determinados subordinados. O que irá acontecer?

  • PEC 55 - Congela tudo por vinte anos. Já aprovada no Congresso Nacional. Em linhas gerais, proíbe que estados e municípios façam novos investimentos no setor público por vinte anos. Na prática, é uma ordem para que sobretudo prefeitos e governadores mantenham no patamar atual, isto é, congelados, salários e demais direitos do funcionalismo por duas décadas. Os efeitos dessa PEC serão devastadores nos bolsos dos profissionais da educação, vez que estão entre os que ganham menos no país. Por conta da limitação dos gastos, os gestores já agem para proibir, como é o caso de Geraldo Alckmin em São Paulo, o acesso aos docentes até da merenda escolar nas escolas. E todo e qualquer mínimo direito que os servidores tiverem serão atingidos pelo arrocho, seja o abono de férias, Horário Pedagógico, férias de 45 dias, planos de carreira e/ou outros.

Aos servidores públicos, em particular os da Educação, não resta outra alternativa senão se organizar através de seus sindicatos e partirem para a luta contra tais medidas. Se a situação hoje já não está nada boa, imagine se tais projetos começarem mesmo a vigorar.

Relacionadas:

Senado votará nesta terça-feira (12). Entre os parâmetros previstos, "infraestrutura escolar propícia", como salas de aulas, biblioteca, laboratórios etc. Projeto, contudo, não toca na valorização dos professores e abre portas para favorecer o setor privado.