Dados são do Banco do Brasil e mostram que, na comparação com mesmo período de 2024, recursos no geral mantém elevação, fenômeno que vem desde 2023
"Imposto do Pecado" incidirá mais sobre os de baixa renda, diz especialista
Para o professor Pedro Forquesato, imposto seletivo não é apenas arrecadação a mais de receita tributária para o governo
Compartilhe!
Sua contribuição é crucial, pois ajuda na cobertura dos custos mensais da página, para que possamos mantê-la atualizada. Obrigado.
reforma tributária — em regulamentação no Congresso Nacional — traz entre outras novidades o chamado Imposto Seletivo, ou "Imposto do Pecado", como popularmente já passa a ser conhecido. Tal tributo consiste basicamente em taxar com maior vigor produtos considerados prejudiciais à saúde, como o tabaco, bebidas alcóolicas e bebidas açucaradas, por exemplo.
Externalidades e internalidades
Segundo matéria no Jornal da USP, "a ideia do imposto seletivo é não apenas uma arrecadação de receita tributária para o governo, mas uma proposta para solucionar e diminuir externalidades e internalidades". Tal pensamento é do professor Pedro Forquesato, da Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Atuária (FEA) da USP, afirma também o referido órgão de comunicação.
Diz ainda o Jornal da USP sobre o tema:
"Segundo o especialista, atualmente existem no País cinco tributos sobre bens e serviços, os impostos federais PIS, Cofins e IPI, o estadual ICMS e o municipal ISS. Ele explica que a reforma tributária pretende substituir todos eles por dois tributos que atuam juntos: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), de caráter federal, e o Imposto Sobre Bens e Serviços (IBS), que é estadual. Ademais, o professor explica que, na discussão sobre a regulamentação da reforma, ficou definida uma alíquota máxima de 26,5% para esses novos tributos."
Leia também:
- Transformações nas políticas de emprego no Brasil
- Dados impactantes sobre inserção das mulheres no mercado de trabalho no Brasil
- Diferente de junho, custo da Cesta Básica em julho cai em 17 capitais pesquisadas
- Estudo do DIEESE revela que salário mínimo deveria ser R$ 6.802,88
- Gastos de R$ 5,2 bilhões/dia com bancos a Globo e grande mídia não mandam o Lula cortar
"Além dos novos tributos sobre bens e serviços, Forquesato conta que a Reforma Tributária visa também à criação de um imposto seletivo (IS), também conhecido como imposto pigouviano, visto que esse modelo de tributação foi muito abordado nos trabalhos do economista inglês Arthur Pigou durante a primeira metade do século 20. A ideia do imposto seletivo, segundo ele, é não apenas uma arrecadação de receita tributária para o governo, mas uma proposta para solucionar e diminuir externalidades e internalidades."
Conforme o professor, a ideia de externalidades baseia-se nas consequências que um produto causa não apenas para quem o consome, mas também para outros indivíduos. "Nós temos os cigarros, por exemplo, que trazem diversos problemas de saúde para os fumantes passivos. E também existem as externalidades fiscais, porque um fumante pode ter algum problema de saúde causado pelo cigarro e vai parar no SUS, o que gera uma série de gastos para os cofres públicos", diz.
Já a ideia de internalidades refere-se à ideia de que nem sempre as pessoas tomam decisões pensando no seu melhor interesse, principalmente quando ocorre o consumo de produtos viciantes e nocivos à saúde, como álcool e cigarros. Devido a isso, Forquesato conta que esses são os principais bens que estarão inclusos na lista de produtos abrangidos pelo imposto seletivo, mesmo que atualmente já tenham grande parte de seus preços destinados a impostos.
Bebidas açucaradas
Além dos cigarros e bebidas alcoólicas, o docente conta que o imposto seletivo no Brasil possui uma inovação de tentar desestimular também o consumo de bebidas açucaradas, medida que já vem sendo adotada em países como Índia, EUA, Reino Unido, França e Portugal. Ele conta que a ideia é relativamente nova e surgiu a partir de pesquisas científicas comprovando os efeitos danosos dessas bebidas à saúde, dos quais muitas pessoas desconhecem.
Mais pobres
No entanto, o especialista também observou que há preocupações sobre a regressividade dos impostos seletivos, ou seja, seu impacto desproporcional sobre as pessoas de menor renda. A crítica é que, geralmente, são as camadas mais pobres da população que consomem esses produtos em maior quantidade, tornando-os mais afetados por tais tributos.
Com informações de: Jornal da USP. Ler mais AQUI
Anúncio
Compartilhe!
Tópicos relacionados:
Dez matérias mais recentes:
Projeto do presidente Lula, medida reduz ainda o IR, gradualmente, para aqueles que ganham entre R$ 5 mil e R$ 7.350
Cláudio Castro e os demais papa-defuntos da extrema direita só têm violência e embuste a oferecer aos brasileiros, no intuito de ganhar voto da elite branca e incauta da classe média
Encontro do Fórum do Piso deve ocorrer agora no início de novembro para deliberar sobre proposta final de revisão da Lei nº 11.738/2008
Professor e advogado faz uma série de questionamento sobre a maior chacina da história do país
Se maioria 'aprova' carnificina, por que agora está se sentido mais insegura? Não bate
Encontro tratou também de outros temas relevantes para os profissionais da Educação, como Carreira, Jornada Extraclasse, Escolas Cívico-Militares, Reforma Administrativa etc
Ricardo Balestreri diz que a única consequência da chacina "é o pânico na população humilde e trabalhadora e "exposição das vidas dos próprios policiais"
Para o presidente, em poucos dias haverá uma solução definitiva para o impasse
Javier Milei não terá maioria parlamentar, mas alcançou o desejado terço na Câmara, chamado de escudo legislativo











