Índice de 6.27% e valor nominal de R$ 4.867,77 estão definidos desde o final de dezembro de 2024, para cumprimento já neste mês de janeiro. Prefeitos e governadores, contudo, calam à espera de portaria do MEC não obrigatória, mas que virou tradição. Ministro Camilo Santana já deveria ter publicado e foi questionado novamente pelo Dever de Classe
Gastos de R$ 5,2 bilhões/dia com bancos a Globo e grande mídia não mandam o Lula cortar
O pagamento eterno de juros e amortizações da dívida pública federal é que desequilibra as contas do país, e não o Bolsa Família, BPC, piso do magistério ou aposentadorias dos trabalhadores. Entenda por que isto não é dito nos grandes meios de comunicação.
Compartilhe!
Sua contribuição é crucial, pois ajuda na cobertura dos custos mensais da página, para que possamos mantê-la atualizada. Obrigado.
chamada grande mídia nacional passa o dia todo exigindo que Lula (PT) promova cortes drásticos no setor social, em particular na Educação, Saúde, salário mínimo, aposentadoria dos trabalhadores, recursos do Fundeb etc. Globo, Folha, Estadão, Veja & cia alegam que o "presidente gasta demais", o que "desequilibra as contas do país" e a "sustentabilidade nacional".
Leia também:
- Lula não pode aceitar ataques brutais ao Fundeb e piso dos professores
- Inimigos do povo ameaçam nova Reforma da Previdência
Escondem a verdade
O que essa turma nunca diz é que o pagamento eterno de juros e amortizações da dívida pública federal é que desestabiliza a economia brasileira, conforme se pode comprovar com dados mais abaixo. Ou seja, Bolsa Família, BPC, piso do magistério, hospitais públicos ou aposentadorias dos trabalhadores nada têm a ver com o que chamam de déficit fiscal.
Observe a imagem abaixo, extraída do portal Auditoria Cidadã da Dívida:
Gastos astronômicos que só favorecem uma minoria
Observe que ano após ano os gastos de dinheiro público com juros e amortizações da dívida pública federal são astronômicos, absurdos. Até 31 de dezembro de 2023, por exemplo, foram jogados fora quase R$ 2 trilhões com essa agiotagem, o que deu R$ 5,2 bi por dia. Um escândalo, haja vista que no Brasil ainda há muita gente que não tem sequer o que comer todo dia.
Fonte
E qual a fonte de tanto dinheiro? Os impostos e taxas arrecadadas pela União a partir da riqueza produzida no país pela classe trabalhadora. É essa mesma fonte que garante recursos para o setor social elencado mais acima.
Ora, se a fonte é a mesma, por que então a Globo, Folha, Estadão, Veja & cia não exigem que Lula corte também dinheiro desses pagamentos astronômicos dessa tal dívida pública federal? Se querem evitar que o país entre em um colapso financeiro, deveriam também fazer a mesma exigência que fazem quando o assunto é cortar recursos para a maioria da população.
E por que silenciam em relação à dinheirama gasta com essa dívida pública?
Porque também são beneficiados com tal gastança de dinheiro público. Principalmente Globo, Folha, Estadão, além de serem megaempresas, são também financiados pelo sistema financeiro, os bancos, que recebem religiosamente do Governo Federal toda essa montanha de recursos. Por isso essa grande mídia não fala nada em relação a tal escândalo e fica o dia todo mandando Lula cortar verbas que beneficiam o povo.
2024
O que ocorreu nos anos elencados na tabela se repetirá também em 2024, até de forma mais intensa. Segundo matéria do site Auditoria Cidadã da Dívida (04/07/2024):
"Este ano, a dívida pública receberá cerca de R$ 2,5 tri, ou seja, 45,98% do orçamento federal, ainda mais que no ano passado, que recebeu R$ 1,89 tri e corresponde a 43,23% do orçamento."
É uma jogatina sem fim. Observe também na imagem que mesmo com tantos pagamentos anuais, a tal dívida não para de crescer.
Anúncio
Compartilhe!
Tópicos relacionados:
Dez matérias mais recentes:
O que se vê é o completo desrespeito por parte de governadores e prefeitos ao objetivo-alvo da lei do piso e, com isso, a tal sonhada valorização docente fica a cada dia mais distante
Portaria do Ministério da Educação apressa o cumprimento logo em janeiro. O Dever de Classe questionou o ministro Camilo Santana sobre a demora do anúncio, assessoria respondeu
MEC, apenas para atendar protocolo que se tornou tradição, deverá editar Portaria em breve para ratificar o que estabelece a lei nº 11.738/2008
Reajuste de 6,27% e valor mínimo de R$ 4.867,77 estão assegurados na lei federal 11.738/2008; prefeitos e governadores são obrigados a cumprir
O que houve no 8 de janeiro de 2023 no Distrito Federal com a horda de bárbaros invadindo e depredando os prédios dos três poderes — mobilizados, financiados e "convidados" para a "festa da Selma" — pode ser considerado como o "resumo compacto do governo Bolsonaro..."
Na Nota Pública onde divulgou o índice de atualização (6,27%) e o novo valor do piso nacional — R$ 4.867,77 —, a principal entidade representativa dos profissionais da educação expôs também ações que podem ser feitas contra gestores caloteiros
A COPa beirando a MESA
O trabalho Informal no Brasil ocupa hoje mais de 40% do mercado produtivo
Entre os pontos principais, o fato de o critério de reajuste permanecer plenamente em vigor; correção de 6,27%, já definida para 2025, portanto, deve ser aplicada logo em 1o de janeiro
"Diante da pobreza, abandono e frio extremos, talvez só a morte possa libertar."