A Confederação Nacional de Municípios (CNM), órgão ligado a prefeituras, reitera novamente através de Nota (30) que defende mudar o critério de reajuste anual do piso do magistério. Objetivo é trocar os 12,84% garantidos em lei por 3,37%, que é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado nos últimos 12 meses. Entidade diz também que estados e municípios devem ficar livres para negociar os reajustes salariais com os seus respectivos professores. Não tem fundamento. Categoria não pode aceitar.
Pelo que está explicado ao final desta matéria, o reajuste do piso nacional dos professores não pode ser menor que 12,84% em 2020. É fato. Não há o que contestar.
Desculpas antigas e esfarrapadas
As desculpas que prefeitos e governadores apresentam para tentar reduzir o piso do magistério são antigas e esfarrapadas. A CNM, por exemplo, diz em sua Nota que o piso subiu muito acima da inflação no período de 2009 a 2020. Sim, é verdade. Mas onde o piso foi pago ele retornou em forma de impostos para os próprios estados e municípios. Ou não? Ou será que prefeitos e governadores querem fazer crer que os docentes guardaram todo o dinheiro embaixo do travesseiro?
Outra lorota é dizer que os cofres públicos não podem bancar. Não podem bancar? E como justificam as incontáveis mordomias de prefeitos, governadores e todos os seus protegidos? E como justificam as denúncias de desvios de recursos da própria educação mostradas rotineiramente pela mídia de todo o País?
Há recursos
Além disso, o coordenador-geral do Fundeb declarou dia 27 à própria CNM que houve aumento nas receitas desse Fundo, R$ 800 milhões a mais só de repasses da União. O coordenador disse ainda que houve acréscimo em verbas oriundas de ICMS. Recursos têm, portanto.
Alerta
Categoria deve ficar alerta. O coordenador-geral do Fundeb garantiu à CNM que divulgaria oficialmente o reajuste ainda hoje, 30. Até a data e horário desta postagem o anúncio ainda não havia sido feito. Por quê, se o índice de 12,84% já está definido?