Capitão vigiava médicos militares para obrigá-los a prescrever kit ineficaz contra Covid

10/10/2021

A ordem foi dada pelo comando da 7ª Região do Exército a seus hospitais em Natal, João Pessoa e Recife. Denúncia gravíssima está na coluna de Lauro Jardim, O Globo.

Militares cada vez mais afinados com o presidente Bolsonaro. Foto: Agência Brasil.
Militares cada vez mais afinados com o presidente Bolsonaro. Foto: Agência Brasil.

Saúde | Uma denúncia gravíssima. Segundo coluna deste domingo (10) do jornalista Lauro Jardim O Globo —, "Exército colocou oficiais para revisar decisões de médicos militares e obrigar prescrição de 'kit Covid'". Medida é afinada com os ditames do presidente Jair Bolsonaro sobre a questão. O atual inquilino-mor do Planalto prega tal kit ineficaz e condenado pela OMS desde o início da pandemia.

Alto Comando

De acordo ainda com Jardim, "a ordem [para prescrição de kit covid] foi dada pelo comando da 7ª Região a seus hospitais em Natal, João Pessoa e Recife. Continua, após o anúncio.

Modus operandi

Ainda sobre a ordem do Comando da 7ª Região do Exército para prescrição de kit ineficaz contra Covid, Lauro Jardim detalha:

[O Comando da 7ª Região] "Determinava que pacientes passassem por um "segundo atendimento", com a possibilidade de "reconsideração de ato". Esta etapa seria exercida por um Oficial de Supervisão Administrativa, alguém com patente de capitão ou superior e que, obrigatoriamente, não fosse da área de saúde.

Em denúncia feita ao MPF em Pernambuco, um dos profissionais afirmou que havia "coerção dos médicos militares pelo comando da 7ª RM para prescrição de tratamento precoce para Covid e reavaliação de atendimento para indicação forçada de medicação".

Segundo o denunciante, os médicos seriam "praticamente obrigados a prescrever com um capitão vigiando". Continua, após o anúncio.

Réu confesso, denúncia arquivada

Ainda segundo Lauro Jardim, "as unidades militares confessaram que as medidas de combate à Covid na área da 7ª RM tinham como ponto principal o incentivo para o tratamento precoce".

Após tal explicação, o MPF arquivou a denúncia.

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