REFORMA | Educadora fala sobre ataques a várias matérias do Ensino Médio! Leia e compartilhe...
"A reforma do ensino médio nega aos estudantes o direito de acesso ao conhecimento historicamente acumulado, retirando do currículo a obrigatoriedade da oferta de disciplinas"
DA REDAÇÃO | Em artigo publicado no site da APEOESP, a professora Maria Izabel Azevedo (Bebel), que preside a entidade e é ex-conselheira do Conselho Nacional de Educação (CNE), traz elucidativos esclarecimentos sobre o que de fato representa a Reforma do Ensino Médio imposta por Michel Temer (MDB-SP) e Mendonça Filho (DEM-PE), ministro da educação. Bebel, dentre outros tópicos, enfoca que a reforma dos golpistas atinge negativamente em cheio várias disciplinas da grade curricular.
Diz a professora: "A reforma do ensino médio nega aos estudantes o direito de acesso ao conhecimento historicamente acumulado, retirando do currículo a obrigatoriedade da oferta de disciplinas como Sociologia, Filosofia e Artes e tornando optativas Química, Física e Biologia. Ao mesmo tempo, a reforma permite que 40% do currículo seja flexível, ou seja, que se componha de conteúdos da chamada 'parte diversificada'".
Assim, para Bebel Azevedo, a reforma do ensino médio do governo golpista de Michel Temer destrói a formação dos estudantes nesse nível de ensino, pois, a pretexto de resolver problemas, "Temer optou por transformar o ensino médio em mero estágio de formação de mão de obra, esvaziando-o de todos os conteúdos necessários à formação integral de nossos jovens para o pleno exercício da cidadania."
A educadora esclarece ainda que a propaganda do governo federal induziu a sociedade a "acreditar que os estudantes poderão traçar seus próprios itinerários formativos a partir do segundo ano, quando, na realidade, cursarão as disciplinas que forem oferecidas pelas Secretarias de Educação em cada unidade escolar. Como afirma reportagem publicada em 20 de março, no jornal Folha de S. Paulo, mais da metade dos Municípios do país só tem uma escola de ensino médio, dificultando a oferta de cinco opções para os estudantes." (Continua, após o anúncio).
Por fim, a educadora e dirigente sindical alerta que a mesma reportagem da Folha citada acima diz que "Temer quer 40% do ensino médio a distância". Para Bebel, isto "significa dar um tiro mortal no ensino médio brasileiro, abrindo mão de qualquer perspectiva de qualidade e de respeito aos direitos da juventude trabalhadora, que necessita da escola pública, de ter um ensino à altura de suas necessidades."
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