Novo governo anuncia salários mais baixos para o funcionalismo público e manutenção de impostos nos próximos 4 anos!

23/11/2018
Presidente eleito Jair Bolsonaro e sua equipe econômica querem manutenção de impostos e rebaixamento salarial para servidores / Foto: Agência Brasil
Presidente eleito Jair Bolsonaro e sua equipe econômica querem manutenção de impostos e rebaixamento salarial para servidores / Foto: Agência Brasil

Anúncio é do atual secretário do Tesouro Nacional de Michel Temer — Mansueto Almeida, que também afirmou que prioridade é a reforma da previdência, ou seja, o fim da aposentadoria dos traalhadores. Mansueto será mantido no cargo, pois foi convidado pelo presidente eleito Jair Bolsonaro para compor o futuro governo

Economia | Segundo matéria da Folha de S.Paulo, o secretário do Tesouro Nacional de Michel Temer — Mansueto Almeida — afirmou ontem (22) em evento organizado pelo banco BTG Pactual que não há nenhum espaço para redução da carga tributária nos próximos quatro anos. Ou seja, para quem acreditou que com Bolsonaro iria se livrar de tantos impostos, pode adiar os planos por no mínimo 48 meses. Mansueto será mantido no cargo na equipe econômica, pois foi convidado pelo capitão reformado do Exército para compor o futuro governo. Continua, após o anúncio.

De acordo ainda com a matéria da Folha: "Mansueto sinalizou que a reforma tributária pode ser feita, mas de modo 'muito gradual'. Restrições orçamentárias e os altos gastos do governo, no entanto, não deixam espaço para diminuir impostos. Hoje a carga tributária representa cerca de 33% do PIB (Produto Interno Bruto)."


Baixar salários de servidores

Se, por um lado, o futuro governo Bolsonaro promete manter uma forte carga de impostos para a população, por outro anuncia que pretende reduzir os salários dos servidores públicos do País. Segundo a Folha, Mansueto disse que a estrutura do funcionalismo é ineficiente e deveria contar com salários iniciais mais baixos, alinhados à iniciativa privada.

"Ele disse também que chegada ao topo da carreira ocorre cedo, ao redor de 34 anos. 'O que significa dizer que o servidor vai passar o resto da carreira dele lutando por reajustes', disse ele." Continua, após o anúncio.

"No mesmo evento [do BTG Pactual], a secretária-executiva do Ministério da Fazenda, Ana Paula Vescovi, defendeu que novos concursos públicos sejam suspensos e reajustes salariais acima da inflação não sejam dados para o funcionalismo público enquanto não existir recursos para tanto."


Prioridade é acabar aposentadoria dos trabalhadores

Ainda de acordo com matéria da Folha: "A prioridade, disse Mansueto, segue sendo a reforma da Previdência [fim da aposentadoria dos trabalhadores], seguida pela reestruturação [rebaixamento] da carreira do servidor público e pela revisão [corte] da regra de recomposição [valorização] do salário mínimo, hoje vinculada ao INPC mais a alta do PIB de dois anos antes." Em síntese: Bolsonaro e sua equipe econômica prometem arrancar o couro dos trabalhadores e da maioria do povo.

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