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Educação infantil deve ganhar no mínimo igual a docente do ensino superior, diz especialista
"Nenhum aluno será bem sucedido em seus estudos universitários se não tiver uma boa formação na Educação Infantil, o que envolve o trabalho dos profissionais que atuam diretamente nessa importantíssima etapa escolar. Por isso é preciso pagá-los melhor."

Educação | A educadora carioca Cecília N P Costa — em conversa com o Dever de Classe via Messenger — defendeu no mínimo isonomia salarial entre os professores que atuam na Educação Infantil e o pessoal que leciona no Ensino Superior. Para tanto, entre outros argumentos, afirma:
"Nenhum aluno será bem sucedido em seus estudos universitários se não tiver uma boa formação na Educação Infantil, o que envolve o trabalho dos profissionais que atuam diretamente nessa importantíssima etapa escolar. Por isso é preciso pagá-los melhor."
Cecília Costa é mestra em Educação Infantil. Após o anúncio, veja entrevista completa.
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Por que a senhora defende isonomia salarial entre o pessoal da Educação Infantil e o do Ensino Superior?
Porque é uma etapa importantíssima na vida escolar de todos os alunos. É na Educação Infantil que a criança tem de forma relevante os primeiros contatos com os conceitos de leitura, escrita, ciências, matemática, artes e outros conteúdos. É na Educação Infantil que a criança vai se familiarizar com a noção de escola e sala de aula. É na Educação Infantil que a criança vai desenvolver a coordenação motora, a linguagem e a sociabilidade. Por que um profissional que atua diretamente nessa área tem que ganhar menos que um professor universitário? É injusto. É incorreto. É não valorizar quem é responsável pela base de qualquer aluno. E não é só isso. Continua, após o anúncio.

O que mais a senhora destaca?
Fátima Guerra, PhD em Educação Infantil e professora da UnB — Universidade de Brasília — sintetiza muito bem a questão da Educação Infantil em matéria no UOL: "É o momento mais importante da educação, porque você trabalha a estruturação da criança. Se ela está bem estruturada, ela enfrenta a adversidade de uma forma muito melhor." (UOL - 30/09/2010). Ora, insisto na pergunta: por que um profissional responsável pela estruturação de uma criança tem que ganhar menos que um professor universitário? Onde está a lógica?
Também concordamos com essa isonomia. Mas muitos argumentam que os professores universitários têm mais títulos acadêmicos, por isso têm de ganhar melhor... (Ver após o anúncio).
Não estamos falando de títulos, que obviamente devem ser valorizados e incentivados para todos. Se uma professora da Educação Infantil faz, por exemplo, um mestrado, ela tem de ganhar o mesmo que seu colega mestre das universidades públicas. Se faz um doutorado, a mesma coisa. Isto incentivaria inclusive o pessoal da Educação Infantil a buscar mais especializações. Do jeito que é, quando alguém da Educação Infantil se estimula a cursar mestrado ou doutorado, ela faz é sair da área que atua, o que prejudica a base da educação. Se houvesse isonomia, haveria muito mais especialização acadêmica também na base do ensino.
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