Ditadura | Professores são excluídos das verbas das escolas cívico-militares! Acesse...
Educação | Segundo editorial da Folha de S.Paulo, o governo Bolsonaro vai investir R$ 1 milhão em cada escola cívico-militar que se instalar no país. Professores das redes estaduais e municipais lotados nesses estabelecimentos, no entanto, não se beneficiarão da milionária verba prevista. Dinheiro será destinado apenas ao pagamento dos tutores e administradores militares que serão lotados nas unidades. Outra parte dos recursos é para melhoria da infraestrutura dos prédios e compra de materiais escolares. Docentes, como sempre, desprestigiados.
Desperdício
Além de excluir os professores do orçamento previsto para essas tais escolas militares, "a proposta direciona uma quantidade expressiva de recursos do combalido Orçamento para um conjunto diminuto de instituições. Ao longo dos próximos anos, o programa federal apoiará apenas 0,0012% das quase 182 mil escolas da educação básica", diz o editorial da Folha. Um desperdício, portanto.
Ditadura e formação de robôs
Outro aspecto muito negativo dessas escolas militares — na verdade o maior — é que instituições desse tipo funcionam à base de ditadura, transformando os estabelecimentos em uma espécie de quartel e os alunos em robôs, treinados apenas para obedecer superiores. Ideologicamente, isto visa criar trabalhadores domesticados para um mercado de trabalho futuro cada vez mais precarizado. Continua, após o anúncio.
Educadora opina
A pedagoga carioca Letícia Silva diz que esse modelo de escola é inadequado para crianças e adolescentes, pois estes precisam desenvolver um pensamento crítico, algo que só pode ocorrer em ambientes democráticos, onde haja pluralidade de ideias, algo incompatível com a hierarquia militar. Diz ela:
Militares são treinados para obedecer, sem discussão, seus superiores. Ao transpor isso para uma escola formal da educação básica, se estará podando a criatividade e o senso crítico dos alunos. Os próprios professores serão também grandes vítimas disso, pois terão que se adequar ao que os tutores e administradores militares quiserem. Isto é péssimo para a formação das pessoas. Pergunte se um pai de classe média quer isso para seu filho! E ainda tem o fato de os docentes e funcionários dessas escolas não estarem incluídos no orçamento federal previsto para as mesmas. É ditadura.
Mais recentes sobre educação:
Leia também:
A COPa beirando a MESA
O trabalho Informal no Brasil ocupa hoje mais de 40% do mercado produtivo
Grupo Folha, que envolve o PagBank, lançou neste domingo (17) mais três matérias onde sugere demissão e/ou corte salarial para 90% do funcionalismo
Matéria se refere a direito como "ponto fora da curva" e "deformação na máquina pública", e sugere que professor(a) não deve ter, por não ser carreira típica do Estado; jornalão ataca também enfermeiros e pessoal administrativo
A PEC 66/2023 aniquila aposentados e atinge também os da ativa. A PEC 32/2020 acaba, na prática, com o perfil que se conhece no Brasil como servidor público, em particular os da Saúde e Educação.