RESPOSTA | Mestres ironizam deputados e "ENEM" dos professores! Veja e compartilhe...

07/08/2017

O ENAMEB é totalmente descabido, haja vista que os educadores brasileiros, em particular os da rede pública, já passam por concursos públicos, muitas vezes de provas e títulos, para exercer o magistério. E muitos têm mestrado e até doutorado. Para que esse tal ENAMEB, então?

DA REDAÇÃO | Sobre o projeto de lei nº 6114/2009, em vias de aprovação na Câmara dos Deputados e que institui o Exame Nacional de Avaliação do Magistério da Educação Básica — ENAMEB — mestres ironizam essa espécie de "ENEM" dos professores e mandam deputados e senadores irem procurar o que fazer. Até à data e fechamento desta postagem, foi essa a resposta que a maioria dos docentes deu para os parlamentares, conforme enquete que pode ser consultada AQUI.

Pelo artigo 3º do projeto, professores serão testados sobre a capacidade de: 

"Compreender temas exteriores ao âmbito específico de sua profissão, ligados à realidade brasileira e mundial e a outras áreas do conhecimento."

Em relação a isso, a professora piauiense Gorete Cardozo diz que se os professores fossem fazer um cursinho com a maioria dos deputados adeptos do ENAMEB, certamente o tema principal das aulas seria: corrupção. "Nem me imagino num cursinho desses, onde só aprenderia era a roubar dinheiro público e dar golpes na democracia", diz.

Descabido

O ENAMEB, como explicam seus defensores na Câmara, visa "avaliar os conhecimentos dos docentes" (art.1º). Isto é algo totalmente ridículo, haja vista que os educadores brasileiros, em particular os da rede pública, já passam por concursos, muitas vezes de provas e títulos, para exercer o magistério. 

É sabido também que estados e municípios em todo o país exigem no mínimo curso superior para quem postula assumir a sala de aula, sendo que atualmente muitos professores da educação básica tem mestrado e até doutorado. Para que esse tal ENAMEB, então?

Mudar o acesso, precarizar a carreira, enfraquecer as lutas

Na verdade, o que está mesmo por trás desse tal exame é o dispositivo que permite, através dele, contratar temporariamente professores de fora das redes de ensino que "lograrem êxito" nessa avaliação. O projeto garante que docentes que ainda não sejam concursados das redes públicas também façam o teste.

Ou seja, prefeitos e governadores, em vez de fazerem concursos públicos, poderão contratar temporariamente docentes através desse ENAMEB, ou seja, com precarização, sem os direitos dos efetivos. Esse pessoal precarizado será usado, por exemplo, na hora de greves da categoria, para enfraquer as lutas. Está explicado.

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