Ministro acusa docentes e ataca marxismo, mas não fala no piso do magistério nem nos problemas reais da Educação! Leia e compartilhe...

Vélez busca ocultar do país os problemas concretos da educação, como o sucateamento das escolas e as baixas condições salariais dos profissionais do magistério, sobretudo da educação básica de estados e municípios
Educação | Ricardo Vélez Rodríguez — novo ministro da Educação — fez um discurso de posse ontem (2) onde acusou professores, louvou os "valores sagrados da família", prometeu combate ao "marxismo cultural" e divagou sobre outros temas irrelevantes.
Vélez, no entanto, não tocou no reajuste do piso do magistério, principal política salarial dos professores da educação básica pública de todo o país. Percentual de correção estimado para 2019 é de 4,17%, e novo valor mínimo é R$ 2.557,73.
MEC precisa lançar uma portaria ou nota onde torne isso oficial, algo que o novo ministro ainda não fez nem mencionou em sua fala inicial como comandante do Ministério da Educação.
Vazio
Em seu discurso, o novo ministro acusou os professores de fazer "doutrinação" nas escolas (o que é isso mesmo?), e disse também que a raiz dos problemas da alfabetização estaria em uma "suposta ideologização de esquerda" na área. Maluquice pura. Continua, após anúncio.
Vélez também destacou "os valores sagrados das famílias de bem" e louvou o astrólogo Olavo de Carvalho como um dos grandes gurus da humanidade. Carvalho indicou Vélez para o MEC. Talvez por isso o novo ministro o reverencie tanto.
Desviar atenção
O discurso de posse do novo ministro não revela apenas que ele é um conservador obsoleto. Vélez, ao se deter em problemas imaginários, busca ocultar do país o sucateamento das escolas públicas e as péssimas condições salariais dos educadores, problemas concretos que ele e Bolsonaro não têm a menor intenção de combater.
Curta nossa página e receba atualizações sobre este e outros temas!
Mais recentes sobre educação:
Leia também:
Projeto de Lei sobre tema foi aprovado na Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados
Do montante (quase R$ 12 bi), R$ 2,3 bi vão direto para o Fundeb; na comparação com mesmo período de 2024, total cresceu 9,16%
Projeto do presidente Lula vai beneficiar mais de 25 milhões de brasileiros de forma total ou parcial
Guilherme Boulos — novo Secretário-Geral da Presidência da República — disse que o texto não é proposta do governo Lula



