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Carlota Boto é diretora da Faculdade de Educação da USP e doutora em História Social por essa renomada instituição.
Quarta-feira, às 22:29
uso de Inteligência Artificial (IA) nas escolas é criticado pela Doutora em História Social pela Universidade de São Paulo (USP) e diretora da Faculdade de Educação desse renomado estabelecimento de ensino, pesquisa e extensão no campo superior. A especialista alerta que ferramenta "pode representar um risco grave aos professores, os quais podem se tornar figuras descartáveis nos ambientes escolares".
Ponderações da pesquisadora são motivadas pela recente notícia de que o governador de São Paulo Tarcísio de Freitas (Republicanos) ameaça utilizar recursos de inteligência artificial (IA) para a preparação de aulas e atividades escolares a partir do segundo semestre deste ano.
"Projeto, que ainda está em estágio inicial, impactará alunos dos ensinos fundamental e médio da rede pública estadual.
A especialista [Carlota Boto] explica que é terminantemente contra a implementação desse projeto e afirma que não observa benefícios no uso das inteligências artificiais no ensino público. Ela conta que essas ferramentas podem causar um efeito negativo no aprendizado dos estudantes, já que, muitas vezes, elas não articulam os dados de maneira coerente e podem divulgar inclusive informações equivocadas sem a devida checagem.
Segundo a diretora, cada disciplina do ensino básico possui um modo de existir que corresponde a um acervo cultural historicamente acumulado e essa lógica, que é intrínseca à construção da disciplina, constitui um corpo que não será redesenhado pela tecnologia artificial. Por isso, segundo ela, a produção de aulas precisa ser realizada por pessoas físicas e, de preferência, por professores.
"A rede de ensino deve ter um currículo, mas a organização de cada aula é tarefa do professor. Para isso, deve haver investimento na formação desse profissional e ele precisa ser bem pago, porque é dele a tarefa de transformação do currículo na proposição didática de uma aula", conta.
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De acordo com Carlota, o uso das ferramentas de IA nas aulas pode automatizar o ensino e desconsiderar os processos críticos e criativos envolvidos na aprendizagem, tanto do professor quanto do estudante. Ela reforça a importância da construção de um currículo que permita o processo de debates e diálogos dentro das salas de aula, a fim de que a formação do jovem seja acrescida da possibilidade de analisar e construir pensamentos críticos sobre variados assuntos.
"É preciso ter cautela para que essa inteligência artificial não se transforme em um Oráculo de Delfos, através do qual você busca irracionalmente qualquer conteúdo como se esse conteúdo não fosse passível de ser criticado, revisto e refutado. É preciso que haja muita precaução, porque a aula é algo sério e que precisa ser preparada por um professor", discorre.
Conforme a diretora, o uso das inteligências artificiais, assim como em várias outras profissões, pode representar um risco grave aos professores, os quais podem se tornar figuras descartáveis nas escolas, caso comecem a surgir demissões e afastamento de profissionais de suas funções. Ela, contudo, reforça que todas as novas tecnologias podem ser úteis, desde que sejam usadas conscientemente e aliadas ao trabalho dos professores."
(...)
Post a partir de texto de Julio Silva, Jornal da USP, 24/04/2024
João R P Landim Nt
João Rosa Paes landim Neto
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