Se Fundeb não for votado até dia 23, escolas e pagamento de professores ficarão ameaçados

18/06/2020

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É com recursos desse fundo que a educação básica pública de estados e municípios é mantida.

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Pec que torna Fundeb permanente está emperrada no Congresso Nacional e se arrasta desde 2015. Imagem: CNTE.
Pec que torna Fundeb permanente está emperrada no Congresso Nacional e se arrasta desde 2015. Imagem: CNTE.

A Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE) iniciou campanha para que a Pec 15/2015 seja votada até o dia 23 deste mês de junho. Essa Pec visa tornar o Fundeb permanente e é crucial, tal como alerta a CNTE, para que escolas públicas da educação básica e salários de educadores não fiquem inviabilizados já a partir de janeiro de 2021. Continua, após o anúncio.

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Urgência

Alerta a CNTE que o Fundeb expira em dezembro deste ano e, se não for votado ainda neste primeiro semestre no Congresso Nacional, o Brasil corre o sério risco de não renovar esse fundo a tempo de garantir o financiamento da educação básica pública em 2021. Seria trágico para milhões de alunos, escolas e profissionais do magistério.

O eventual fim do FUNDEB, segundo o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socio-econômicos (DIEESE), "seria desastroso para o financiamento e valorização dos profissionais da educação básica pública brasileira." Continua, após o anúncio.

Nota Técnica do DIEESE destaca que a remuneração dos profissionais do magistério nos estados e municípios é assegurada através desse fundo. Se ele não for tornado permanente ou não for criada outra fonte de recursos, alerta, o pagamento dos educadores ficará inviabilizado, em particular o piso nacional da categoria. 

Milhões de alunos prejudicados

Para que se tenha uma pequena ideia da gravidade do problema, o DIEESE destaca também que, caso o FUNDEB não seja tornado permanente: 

  • Mais de 3.700 municípios — ou 71% do total de municípios analisados — teriam seus investimentos em educação básica reduzidos; e
  • 20,7 milhões de estudantes da educação básica em escolas municipais seriam prejudicados, o que corresponderia a aproximadamente 94% dos estudantes das escolas municipais examinadas. Continua, após o anúncio.

Governo Bolsonaro rebaixa proposta

Uma das polêmicas em torno da Pec que torna o Fundeb permanente é o aporte da União para o Fundo. A CNTE e outras entidades ligadas à educação defendem que o Governo Federal saia dos 10% atuais para 40%. 

O governo Bolsonaro e seu ministro Abraham Weintraub, no entanto, acenam com acréscimo de apenas 5%, e isto em 5 anos. Ou seja, a complementação da União sairia dos atuais 10% e passaria para 15%.

O fato é que se até dezembro deste ano a Pec do Fundeb não for aprovada, educadores e alunos ficarão numa situação mais difícil que a atual.

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