Procurador da república diz que é possível anular o golpe e restabelecer o voto dos mais de 54 milhões que acreditaram em Dilma em 2014! Saiba mais...

12/01/2017

"Volta de Dilma é imperativo, é a partir daí que a gente volta a conversar, a definir o que queremos para revigorar a democracia. Não podemos vacilar agora. Num duelo, quem vacila leva o tiro"  

Presidenta Dilma / Foto: Agência Brasil
Presidenta Dilma / Foto: Agência Brasil

Da Redação | O jurista e procurador da república Eugênio Aragão participou de debate em São Paulo na última terça-feira (10) e, num discurso para lá de firme, disse que é possível e necessário anular o golpe que derrubou a presidenta Dilma Rousseff (PT) e restabelelcer o voto dos mais de 54 milhões de pessoas que votaram na petista em 2014. Aragão declarou ainda que Temer é um inimigo e, por isso, deve ser tratado como tal. Oposição se faz é a quem respeita a democracia, o que não é o caso de Temer, ponderou o jurista, que o foi o último ministro da Justiça de Dilma.

No debate, organizado pelo Partido da Causa Operária - PCO - esteve presente também Rui Pimenta, dirigente deste partido, a enfermeira aposentada e militante do PT Edva Aguilar e a artista, compositora e ativista digital Malu Aires. O Encontro foi no Auditório da APEOESP, que ficou lotado.

Veja alguns trechos da fala do ex-ministro Aragão:

Sobre reverter o golpe:

"Se não tivéssemos condições de enfrentar a Globo, o Sergio Moro, Rodrigo Janot, Gilmar Mendes, não deveríamos estar aqui, e sim estar em casa, vendo novela", disse. "Mais do que acreditar nisso, temos de ter fé de que é possível a partir de uma consciência revolucionária. Não se trata de religião. Nossa fé é uma fé ditada, que nasce de um processo histórico, e a gente sabe que as coisas só mudam na luta. Não existe nada que é dado de graça." 

Sobre Temer:

"Quando a democracia é derrotada, quem resiste é inimigo do golpe. Não temos de ser oposição a Michel Temer porque ele assaltou o poder e se comportou como inimigo, deve então ser tratado como inimigo." 

Sobre a volta de Dilma e vacilações:

"Volta de Dilma é imperativo, é a partir daí que a gente volta a conversar, a definir o que queremos para revigorar a democracia. Não podemos vacilar agora. Num duelo, quem vacila leva o tiro." 

Assista! A fala do procurador e ex-ministro começa aos 56:26

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