Crimes. Polícia ou máquina de matar pobres e pretos nas periferias?

12/03/2024

Apenas a tal "Operação Verão", em São Paulo, já é responsável por 43 mortes, do final de dezembro de 2023 para cá.


Terça-feira, às 18:35

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Segundo matéria da Folha de S.Paulo desta terça-feira (12), a Polícia Militar deste Estado matou mais três homens no litoral paulista, na tarde de ontem (11). Ação mortífera é obra da chamada Operação Verão que, do final de dezembro de 2023 para cá, já eliminou fisicamente mais de 43 pessoas. 

Muitas dessas mortes são suspeitas de terem sido cometidas através de ações criminosas da própria força policial. Não à toa, manchete do g1 (7) diz: "Ministério Público de SP abre investigação para apurar denúncias de que corpos de mortos pela PM na Baixada Santista são levados a hospitais para evitar perícia".

A matança por policiais militares ou civis, contudo, não é marca apenas do Estado de São Paulo. Segundo levantamento do Ministério da Justiça e Segurança Pública, ainda na gestão do hoje ministro do STF Flávio Dino, "em todo o país, em 2023, foram registradas 6.296 mortes por ação de policiais. Em 2022, foram 6.445. Uma carnificina.

Continua, após o anúncio.

Entre os mortos pelas polícias, a maioria sempre é de pretos e pobres das periferias. Até porque os "homens da segurança", quando, eventualmente, são instados a reprimir algum branco de classe média, geralmente são humilhados pelos mesmos e amofinam. Basta dar um Google que aparece dezenas de casos assim.

As polícias, no mundo todo, são treinadas para reprimir e matar. No Brasil, sobretudo nos grandes centros, como Rio e São Paulo, a coisa é mais alarmante, em particular quando se trata das PMs. Por conta disso, há tempos se discute entre especialistas sérios a desmilitarização dessas organizações em nosso país.

"Nesses termos, desmilitari­zar acarretaria o fim da separação entre o trabalho de investigação, de um lado, e do policiamento de rua, de outro. E os poli­ciais seriam julgados na justiça comum." Seria um começo para, pelo menos, inibir quem usa farda para agir tal qual os bandidos que deveriam combater.

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