"Golpista parece um menino que tenta esconder dos pais os malfeitos que apronta na rua. No mínimo, terminará com uma tornozeleira."
Em crise, parte da classe média bolsonarista terá Ceia de Natal à base de piaba, ovo frito e água
Parte da classe média que saiu às ruas para tirar o PT do governo faliu. Agora, pelo menos na Ceia de Natal deste ano, terá que esquecer peru, panetone e vinho.
Publicidade
Economia | Com o custo de vida em alta na maioria das capitais e grandes cidades do País, setores expressivos da classe média, dentre os quais a ala bolsonarista, também passam por dificuldades financeiras. Essa turma que saiu às ruas para tirar o PT do governo já sabe que, pelo menos neste ano, terá que esquecer peru, panetone e vinho e se contentar em ter uma Ceia de Natal à base de piaba, ovo frito e água. Após o anúncio, o economista Flávio N Nogueira, consultado pelo Dever de Classe, fala um pouco mais sobre o assunto.
Dr., por que setores da classe média, incluindo o bolsonarista, estão também com enormes dificuldades financeiras?
Esse pessoal já vinha em queda desde o governo Temer, quando foram tomadas medidas recessivas na economia, como a Pec dos Gastos e outras. O presidente Bolsonaro intensificou ainda mais esse quadro de reformas anti consumo e desdenhou dos efeitos da pandemia de Covid-19.
E por que isso afetou tanto assim a classe média?
Muitos bolsonaristas da classe média que hoje não têm dinheiro sequer para o peru de Natal ou um bom vinho eram proprietários de pequenos negócios, como lojas em shoppings, venda de açaí, suchi e outros. A maioria se estabeleceu nos governos Lula e Dilma, que elevaram enormemente o consumo da população. Com a carestia e as medidas recessivas de Temer e Bolsonaro, esse pessoal da classe média começou a quebrar. A vinda da pandemia e o descaso de Bolsonaro para com a doença foram a pá de cal que faltava para arruinar de vez esse setor da população. Continua, após o anúncio.
O que pode ser feito então, para que saiam da crise e possam ter a Ceia de Natal que tanto gostam?
A curto e médio prazos, essa classe média está perdida, pois o presidente Bolsonaro só tem políticas para os banqueiros e os muito ricos. Segundo a grande mídia noticiou, logo no início da pandemia o governo federal deu R$ 1,2 trilhão aos bancos. Quanto deu às pequenas empresas para que não falissem? Migalhas. E o problema é que esse pessoal bolsonarista falido continua a acreditar no 'mito' e xinga quem defende o impeachment.
Devem procurar o Auxílio Emergencial? (Ver resposta após o anúncio).
Eles não podem receber o auxílio, pois não são considerados carentes. O problema é que como também não são ricos, não têm poupança, só dívidas. Coisa difícil de resolver.
O que fazer, então?
Por enquanto, devem se contentar com Ceia de Natal à base de piaba, ovo frito e água. É o cardápio que ajudaram a escolher.
Ajude com uma pequena doação de qualquer valor. Temos custos a pagar todos os meses e, para manter nossas publicações, precisamos de seu apoio. Se não quiser ou não puder doar, continue a nos acessar do mesmo jeito. Gratos.
Curta nossa página e receba atualizações sobre este e outros temas!
Mais recentes...
Daniel Kahneman morreu aos 90 anos. Ganhou o prêmio "por ter integrado percepções da pesquisa psicológica à ciência econômica."
64 anos do nascimento de Renato Russo
De uma família de classe média, nasceu em 27 de Março de 1960, no Rio de Janeiro. Talentoso desde muito jovem, artista atuou nos vocais da famosa Legião Urbana, grupo no qual foi também vocalista, violonista e líder.
Fato ocorreu em 27 de Março, há 58 anos. Depois o troféu foi, estranhamente, roubado de novo no Brasil. Mas aí não apareceu um pet para devolver.
Fato ocorreu há 51 anos, em 27 de Março de 1973 — e impactou os presentes à solenidade. Marlon Brando pediu a uma ativista indígena que subisse ao palco no lugar dele, não tocasse na estatueta e fizesse um discurso denunciando crimes contra os nativos dos EUA.
Horrores da ditadura militar - Post 2
A violência de usurpar o poder, tomado com o uso das velhas mentiras de sempre.