Índice de 6.27% e valor nominal de R$ 4.867,77 estão definidos desde o final de dezembro de 2024, para cumprimento já neste mês de janeiro. Prefeitos e governadores, contudo, calam à espera de portaria do MEC não obrigatória, mas que virou tradição. Ministro Camilo Santana já deveria ter publicado e foi questionado novamente pelo Dever de Classe
O porta-voz da incoerência
Na denúncia vazia que Ciro faz contra Lula em relação a precatórios, ele próprio teve de admitir que é um mentiroso.
Quarta-feira, 20:21
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Logo nos versos iniciais de Agalopado, faixa do álbum Espelho Cristalino (1977), o cantor Alceu Valença apresenta ao público um "eu lírico" cheio de contradições, que diz: "Quando eu canto o seu coração se abala / Pois eu sou porta-voz da incoerência."
No curso de toda a letra, a "voz poética" criada pelo artista pernambucano expõe sentimentos que se contrapõem, através de imagens muito sonoras e belíssimas, como: "Tempestade eu transformo em calmaria / E dou um beijo no fio da navalha / Pra dançar e cair nas suas malhas / Gargalhando e sorrindo de agonia".
No mundo real da política brasileira há também um porta-voz da incoerência. Ele não tem sido capaz de criar imagens que minimamente expressem, ainda que de longe, alguma beleza, pois se deixou dominar pelo ressentimento e ódio.
Calmaria, ele transforma em tempestade. E quando expõe suas opiniões ou sentimentos, não o faz com sonoridade audível. O que predomina em suas falas é a estridência e dissonância vocais. Uma coisa horrorosa. É o Ciro Gomes, do PDT do Ceará.
Continua, após o anúncio.
Como um porta-voz da incoerência sem qualquer vestígio de poesia, ele tem se dedicado novamente a atacar o presidente Lula (PT), acusando-o, sem quaisquer provas, de usar precatórios de trabalhadores — R$ 93 bi — para favorecer bancos, em conluio com o Poder Judiciário.
É uma voz nada poética, que parece confundir realidade com ficção, ao tentar transformar o próprio desejo numa verdade, "verdade" esta que ele sabe que é uma mentira.
Nesta nova-velha empreitada de ódio contra o maior líder do PT e este partido, Ciro criou uma newsletter paga. É como se fosse uma espécie de show de um músico assim como o Alceu.
Em tal ferramenta, já está com duas sessões (10 e 18 deste mês) — que promete cantar a música "Provas Reais que o Lula Roubou os Precatórios". Mas não canta. Só berra. Enrola a platéia com uma retórica estridente e vazia.
Na última inclusive teve de admitir que é um mentiroso, ao comentar de forma lamuriante na própria newsletter uma matéria do Estadão e uma Nota do Banco Central sobre essa tal letra que ele não sabe cantar. Mas justificou. Com outras palavras, quer dizer, gritos, vociferou que as mentiras são para o povão entender melhor as "denúncias" que ele faz. Ah, tá!
De tanto esbravejar sandices, Ciro Gomes afunda cada vez mais na lama de suas próprias contradições. E se isola cada vez mais. Tivesse eu talento para a música, pegaria um gancho na Agalopado — do Alceu Valença — e faria uma letra para homenagear o velho político do Ceará. O título: Avacalhado.
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