Na sua mais recente newsletter para assinantes, lançada nesta segunda-feira (18), Ciro Gomes volta a remoer o tema de um suposto escândalo de R$ 93 bilhões que Lula e o PT teriam protagonizado, em conluio com o Poder Judiciário, para favorecer bancos. Esquema seria relativo a dinheiro de precatórios.
Novamente, contudo, Ciro não apresenta uma provinha sequer de sua estridente denúncia, embora diga que "minhas fontes [dele] sejam muito seguras e muito bem-informadas". Essas tais fontes "seguras e muito bem informadas" não liberam uma única prova sequer do "escândalo" por quê?
Ele tenta "explicar" e diz que "a imprensa deve fazer a investigação", e deixa no ar também que é o próprio presidente Lula que já deveria ter respondido e revelado documentos expondo sua "culpa"... De um fato que ele Ciro, o denunciante, não consegue mostrar nenhum indício real de que seja verdadeiro. Um delírio.
Sobre a mídia investigar, um setor deu eco ao caso e, a partir de declaração sem rumo do próprio velho coronel cearense à CNN, o Estadão publicou que "o governo não vende precatórios".
Ciro diz então em sua nova newsletter que isso é verdade, ou seja, admite que é um mentiroso. Mas "se "justifica", com a afirmação de que "a força de expressão [dele] teve sua falha." E que falha, hein!
Continuando, houve ainda nota do Banco Central, dando conta de que, dos tais R$ 93 bilhões, "só 3,4% foram pagos a bancos detentores das dívidas". Ciro diz que sim, e que "falo para pedir a investigação dado que, só ela revelará se foram TODOS os R$ 93 bilhões ou parte dele [sic] e em que proporção". Claramente, ele não consegue se entender nem com a concordância nominal de seu texto.
Ou seja, embora passe o dia todo afirmando que Lula e o PT deram R$ 93 bilhões a bancos, o velho coronel reconhece que ele próprio não tem qualquer confiança no que diz. Coisa de quem está com a cachola meio perturbada.
E o que isto tem a ver com uma "resposta de Benito di Paula a Paulinho da Viola"?
Continua, após o anúncio.