Inflação sobe em junho, mais dificuldades para a maioria do povo

05/07/2024

Quem tem fortuna, no entanto, não se importa se o quilo do arroz, carne ou feijão está mais caro, eles têm como se proteger

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Resumo da matéria. Clique...

O Dieese divulgou sua pesquisa mensal, referente a junho. Segundo o estudo, custo da Cesta Básica subiu em dez das 17 capitais pesquisadas. São Paulo apresentou o maior preço para a compra de produtos, R$ 832,69. Departamento também divulgou o valor do salário mínimo necessário para bancar a alta dos preços mês passado: R$ 6.995,44 ou 4,95 vezes o mínimo de R$ 1.412,00. Mais abaixo, confira matéria na íntegra.

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 Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) divulgou nesta quarta-feira (4) a pesquisa científica que faz todo mês sobre o custo da Cesta Básica e o valor real do salário mínimo necessário para uma família de quatro pessoas poder se manter. Resultado diz que, em junho, preços subiram em dez das 17 capitais pesquisadas:

"As elevações mais importantes ocorreram no Rio de Janeiro (2,22%), em Florianópolis (1,88%), Curitiba (1,81%) e Belo Horizonte (1,18%). Já as principais quedas foram registradas em Natal (-6,38%) e Recife (-5,75%).

Custo

Estudo mostra ainda que "São Paulo foi a capital onde o conjunto dos alimentos básicos apresentou o maior custo (R$ 832,69), seguida por Florianópolis (R$ 816,06), Rio de Janeiro (R$ 814,38) e Porto Alegre (R$ 804,86). Nas cidades do Norte e do Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores médios foram registrados em Aracaju (R$ 561,96), Recife (R$ 582,90) e João Pessoa (R$ 597,32).

Salário mínimo

Com base na cesta mais cara em junho (São Paulo), e levando em consideração preceito constitucional, o Dieese calcula que o salário mínimo necessário para a manutenção de uma família de quatro pessoas mês passado deveria ter sido de R$ 6.995,44 ou 4,95 vezes o mínimo de R$ 1.412,00. Como um pobre pode viver assim?

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E o quê os muito ricos têm a ver com isso?

A Carestia, na prática, só atinge os mais pobres e setores médios assalariados, pois estes não têm mecanismos de como se proteger da alta dos preços. Para os muito ricos, a elevação dos produtos pode ser até mais uma fonte de geração de riqueza.

Luciano Herzog, do site GuiaInvest, explica que:

"Quando a inflação está alta, o Banco Central (BC) tende a aumentar a taxa de juros da economia (Selic) para controlar o consumo da população e conter o avanço do IPCA.

Com a Taxa Selic mais alta, vemos as aplicações mais conservadoras renderem mais e muitos investidores acabam migrando da renda variável para a renda fixa."

Tentando traduzir, de forma simples: quem tem dinheiro para investir não é afetado pela inflação. E pode até é ganhar mais dinheiro por conta dela.

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