Bolsonaro anuncia medidas para combater "excesso" de direitos do trabalhador! Leia e compartilhe...
Além da extinção do Ministério do Trabalho — já efetivada — Bolsonaro quer também fim da Justiça do Trabalho e do Ministério Público do Trabalho, o que pode trazer como consequência entraves para recebimento ou até mesmo extinção de direitos básicos, como 13º salário e férias e descanso semanal remunerados
Justiça | Durante a campanha presidencial, Jair Bolsonaro disse abertamente em vídeos pessoais e pela mídia que no Brasil trabalhadores têm direitos demais. Ontem (3), em entrevista ao SBT, o capitão reafirmou tal tese falaciosa e voltou a dizer que há no Brasil um excesso de proteção ao trabalhador.
Por conta disso, Bolsonaro já começou a tomar medidas para combater esse suposto "excesso" de direitos dos trabalhadores. Um dos seus primeiros atos como presidente foi extinguir o Ministério do Trabalho.
E, ainda segundo entrevista dada ao SBT, o capitão anunciou novas ações nesse sentido que, obviamente, podem levar ao fim do 13º salário e das férias e do descanso semanal remunerados, dentre outros.
Uma dessas ações é enviar um projeto de lei que acabe com a Justiça do Trabalho. "Qual país que tem [Justiça do Trabalho]? Tem que ter a Justiça comum", disse Bolsonaro. Continua, após anúncio.
Outra ideia do capitão é atacar o Ministério Público do Trabalho. Relativo a isso, o presidente citou o empresário Luciano Hang — dono das lojas Havan, acusado de constranger seus funcionários e multado em R$ 100 milhões. "Não tem cabimento", afirmou.
Ou seja, Bolsonaro só fala em atacar os trabalhadores, em dificultar ainda mais a vida de quem produz as riquezas do país. Se hoje, com o MP e Justiça do Trabalho, a vida já não é nada fácil para quem trabalha, imagine se perdem esses órgãos de proteção.
Sem proteção, trabalhadores serão empurrados para a justiça comum — como o capitão quer. Só que, como todo mundo sabe, a justiça comum não dá conta nem dos milhões de processos que já estão em suas gavetas.
Na verdade, Bolsonaro foi eleito para impulsionar ainda mais os lucros dos grandes empresários e banqueiros, como o dono das lojas Havan, um dos seus principais financiadores de campanha. Por isso, o que tem a fazer é deixar o trabalhador ainda mais desprotegido.
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