Projeção de PIB maior para 2025 melhora perspectivas de correção do piso dos professores em 2026

10/12/2025

>> "Índice de reajuste pode surpreender e ficar acima de 12%", afirma o pesquisador Júlio C Nogueira, em e-mail ao Dever de Classe

>> Nogueira é professor aposentado e especialista em finanças públicas

>> Categorias: EconomiaEducaçãoPiso do Magistério

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>> Por Redação /  Quanto mais o ano aproxima-se de seu final, mais recebemos questionamentos e e-mails sobre perspectivas para o reajuste do magistério em 2026. Para esta quarta-feira, selecionamos as ponderações do professor paulista aposentado Pedro C Nogueira. 

Parece-nos razoáveis, embora estejam também apenas no campo das especulações, como tudo o que se tem publicado por aí a respeito, inclusive pela CNTE, autoridade maior no assunto. 

Nogueira é especialista em finanças públicas, relata em seu e-mail.

Reajuste acima de 12% em 2026?

Essa é a perspectiva muito otimista do nosso professor. Ele explica com argumentos bem convincentes, em nossa opinião.

Confira mais abaixo

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Síntese do que diz o professor e especialista em finanças públicas

A mídia nacional tem destacado nos últimos dias que há projeção de PIB maior para o Brasil em 2025. Matéria do Estadão do último dia 8 deste mês destaca na manchete:

"Mercado projeta PIB maior para 2025 e volta a reduzir previsão para a inflação"

Jornal esclarece: "A mediana do relatório Focus para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2025 aumentou de 2,16% para 2,25%. Um mês antes, era de 2,16%. Considerando apenas as 76 projeções atualizadas nos últimos cinco dias úteis, mais sensíveis a novidades, a estimativa subiu de 2,14% para 2,25%."

O que isto significa na prática em relação ao reajuste do magistério para 2026? Significa que o principal argumento para rebaixamento do piso em 2026 foi por água abaixo. O que disse a própria CNTE  em setembro sobre previsão ruim de reajuste? Diz que: "projeção [de reajuste] para até o fim do ano não é animadora tendo em vista a recente revisão do PIB nacional [para baixo] em função do tarifaço norte-americano..."  

OraSe a projeção do PIB melhorou, argumento para reajuste ruim não existe mais. Ou existe?

Por outro lado, mesmo com a revisão do PIB feita para baixo após tarifaço, dados concretos têm sido mostrados pelo próprio governo federal que a economia do país não se abateu por conta do tarifaço, este praticamente já todo debelado. De modo que:

  • arrecadação de impostos manteve-se em alta;
  • balança comercial não caiu e
  • recursos do Fundeb continuaram a crescer, como mostram demonstrativos do Banco do Brasil divulgados no próprio site Dever de Classe.
Há também o fato de que as matrículas da educação básica caíram, algo destacado pelo professor Renato Ramalho em sua conta no Instagram. Isto também catapulta o reajuste do magistério em 2026.

Diante disso:
  • PIB maior; 
  • arrecadação de impostos em alta; 
  • inflação baixa; 
  • Fundeb alto, não há como o reajuste de 2026 dos professores ficar abaixo de 12%.
  • Arrisco-me a dizer que ficará entre 12% e 15%, como projetou o próprio professor Ramalho, mesmo antes de a projeção do PIB ter voltado a melhorar.

A opinião do Dever de Classe

Respeitamos as ponderações do professor Pedro Nogueira, por isso mesmo as publicamos na íntegra. Parece-nos razoáveis, como já enfatizamos. Mas é preciso cautela em relação a esse assunto, embora não acreditemos que existam justificativas para reajuste abaixo ou no mesmo patamar deste ano, apenas 6,77%. Cremos que será mais. Vamos aguardar.


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